Mercedes-Benz vai manter Classe A até 2026

Mercedes-Benz Classe A

Modelo compacto de acesso continuará em catálogo porque o preço dos carros elétricos continua a ser demasiado alto.

A Mercedes-Benz já admitiu que estava a ser demasiado otimista quando afirmou que em 2025 os modelos híbridos e elétricos representariam cerca de metade das suas vendas. Aliás, para este ano a marca de Estugarda espera que os modelos eletrificados só deverão ficar pelos 21% do total das vendas. Por essa razão, segundo a Autocar, os alemãs já não vão descontinuar o Classe A (na imagem) durante este ano, o seu modelo a combustão mais barato.

Assim, a Mercedes-Benz vai aumentar o ciclo de vida do hatchback compacto, que em Portugal começa nos 38.650 euros, até 2026.

Já no mês passado, o CEO da marca germânica, Ola Kallenius, admitiu que a paridade de preços entre os carros a combustão e os puramente elétricos demorará muitos anos até existir.

Neste momento, a Mercedes-Benz está a preparar uma nova família de modelos compactos, que também contarão com motores a combustão. Mais concretamente, estão a ser desenvolvidos novos CLA, CLA Shooting Brake, GLA e GLB, que evoluirão a partir da plataforma MMA, capaz de albergar não só conjuntos propulsores elétricos, mas também a combustão. No primeiro anúncio não foi referido nenhum substituto nem para o Classe A, nem para o Classe A berlina ou mesmo para o Classe B. Está ainda na calha, dentro desta família de compactos, um “mini” Classe G.

Na sua mais recente atualização do plano, a Mercedes estima que os PHEV e elétricos representarão até 50% das vendas por volta de 2030. Isto representa uma enorme décalage face à previsão inicial na qual os alemães apontavam para que a sua gama fosse totalmente “zero emissões” até ao final da presente década. O motivo para que o fabricante continue a produzir mais carros com motor a gasolina é a fraca resposta por parte dos clientes à compra de elétricos face ao esperado. Numa declaração aos investidores, a Mercedes-Benz assume, aliás, o compromisso de que continuará a disponibilizar modelos a gasolina até 2031, reconhecendo que “os clientes e as condições do mercado ditarão a velocidade para a transição” (para a eletrificação pura).

Mesmo na União Europeia, as vendas de carros elétricos abaixo da expectativa inicial poderão obrigar a reverter a decisão de proibir a venda de carros novos com emissões de CO2 a partir de 2035.

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