Focada no mercado norte-americano, a nova marca do grupo VW prevê começar a vender a dupla Traveler SUV e Terra Truck em 2027.
A Scout Motors é uma nova marca do grupo Volkswagen que recupera a International Harvester Scout (que esteve em produção entre as décadas de 1960 e de 80). Dedicado aos EUA, o novo emblema deu-se a conhecer através de dois protótipos próximos da produção, 100% elétricos: o Traveler SUV, um concorrente do Land Rover Defender elétrico, e a pick-up Terra SUV, que pretende medir forças com propostas como o Rivian R1T, Tesla Cybertruck ou Chevrolet Silverado EV. A produção, que decorrerá na Carolina do Sul, de ambos os 4×4 tem arranque previsto para 2027.
Para o efeito, esta dupla utiliza a mesma plataforma de travessas e longarinas, com um eixo traseiro rígido, sem tem qualquer relação com as bases MEB e PPE do grupo alemão, tendo uma arquitetura de 800V. Os dois elétricos têm igualmente uma opção equipada com extensor de autonomia (com um motor a gasolina), que lhe permitirá um alcance máximo teórico até 805 km, em vez dos 563 km máximo previstos para os modelos “zero emissões”. A Scout ainda não revelou o tamanho da bateria, apenas que a plataforma permite carregamentos até 350 kW. A bateria e a eletrónica é fornecida pelos canadianos da Magna. O Traveler e o Terra trazem um sistema propulsor composto por dois motores elétricos, um por eixo, com um total de 1355 Nm de binário máximo. A potência do conjunto ainda não foi desvendada, mas anunciam 0-100 km/h em 3,5 segundos. Esta dupla permite uma capacidade de carga até 907 kg. Já a capacidade de reboque é de 4535 kg no Terra e de 3175 kg no Traveler. Para quer aventurar-se fora de estrada, estes modelos podem ter pneus com 35 polegadas, que possibilitam uma altura ao solo superior a 30 cm e passagens a vau até 90 cm. Para reforçar as suas credenciais TT, é possível desligar a barra de oscilação dianteira, bem como o bloqueio dos diferenciais mecânicos dianteiros e traseiros.
Do ponto de vista estético, os dois modelos trazem um estilo de vanguarda dos seus antepassados, com um capot alongado e uma linha de ombros bem demarcada. A isso alia vãos curtos, para-choques reforçados, proteções inferiores da carroçaria e uma estrutura que permite emparelhar com ferramentas e atrelados, entre outros. Por dentro, o objetivo foi ter elementos que remetessem para o Scout II original, com comodidades modernas. Destaque para o ecrã central tátil que conta com alguns botões físicos abaixo, que permitem controlar a climatização, entre outros. Permite também efetuar atualizações “over the air” e diagnósticos à distância. Os preços arrancarão sensivelmente dos 55 mil euros nos EUA, embora com incentivos estatais poderão cair para os 46 mil, segundo a marca. O grupo prevê atingir uma produção de até 200 mil unidades por ano.
