Nissan já não vai desenvolver novos motores a combustão

motor do Nissan GT-R Nismo

Doravante, o construtor nipónico “apostará todas as fichas” em motores elétricos.

Dias depois do anuncio de uma joint-venture entre Toyota, Mazda e Subaru para o desenvolvimento conjunto de uma nova geração de motores térmicos, a Nissan decidiu “responder” com uma proposta no sentido inverso. Em entrevista à Drive, Francois Bailly afirmou que o fabricante japonês pretende apenas investir em motores elétricos, deixando de parte o investimento em novos motores de combustão interna. O responsável de planeamento pelas regiões AMIEO, que inclui a Europa, acrescentou que a transição entre os modelos a combustão tradicionais e os 100% elétricos será feita pela tecnologia híbrida E-Power – na qual o motor a combustão tem a função de gerador para carregar a bateria.

Apesar desta afirmação, isto não significa que a Nissan fará uma transição repentina para uma gama totalmente “zero emissões”. Segundo Bailly ainda há margem para modelos a gasolina e Diesel tradicionais em zonas do planeta nas quais as regras de emissões de CO2 ainda não são muito apertadas, nomeadamente em territórios africanos, nos quais ainda são permitidos modelos Euro 2. Assim, o construtor alinhará o seu portefólio de acordo com os requisitos de cada região, de modo o desaparecimento dos ICE seja gradual. Como tal, os motores atuais (na imagem uma foto do motor do GT-R Nismo) serão sujeitos a atualizações de modo a que possam cumprir as normas cada vez mais apertadas.

Em complemento, a Nissan pretende produzir o próximo Nissan Leaf, cuja chegada está prevista para 2025, através de um sistema similar ao “gigacasting” da Tesla. Para aumentar a velocidade da transição para uma gama totalmente EV, a Nissan está a colaborar com a Honda.

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