Carlos Tavares confirma saída da Stellantis em 2026

Carlos Tavares

Queda dos lucros da empresa na primeira metade deste ano e as criticas por parte dos concessionários e dos sindicatos poderão estar no motivo do abandono do cargo do gestor português.

Carlos Tavares confirmou que sairá do cargo de CEO da Stellantis no início de 2026. O abandono do cargo do gestor português de 66, que se encontra à frente do conglomerado desde 2021, altura na fusão entre a PSA e a FCA, faz parte de uma remodelação profunda na direção da Stellantis, com o intuito de revitalizar a performance. Recentemente, o grupo tem passado por algumas dificuldades, sobretudo na América do Norte, território onde é tradicionalmente forte. A quebra de vendas e dos lucros nesta região, levou a Stellantis a reduzir as suas previsões de dividendos e a assinalar potenciais reduções no pagamento de dividendos em ações. O preço das suas ações tem também vindo a cair. Além disso, Tavares sofreu recentemente fortes críticas por parte de Shawn Fain, o presidente do sindicato UAW. No ano passado, Tavares ganhou 36,1 milhões de euros – cerca de 518 vezes mais do salário médio de um funcionário da Stellantis.

Entretanto, tal como já confirmou o chairman John Elkann, a Stellantis já confirmou que a procura de um sucessor para Tavares já está em marcha, embora tenha sido dito que o português poderá continuar no cargo até depois do fim do seu contrato, válido até março de 2026.

O responsável executivo da Jeep, Antonio Filosa, foi entretanto apontado como responsável operacional na América do Norte, Jean-Philippe Imparato o responsável operacional na Europa, substituindo Uwe Hochgeschurtz. O responsável executivo da Maserati, David Grasso, será substituído por Santo Ficili, que também acumulará funções como gestor da Alfa Romeo.

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