Pela segunda vez, o fabricante de carros elétricos norte-americano ficou sem dinheiro.
A Fisker Inc. ficou sem dinheiro e precisa de começar a vender os bens para tentar pagar a sua dívida que neste momento ronda os 465 milhões de euros. Uma vez que não existe nenhuma injeção de capital em perspetiva, a start-up norte-americana optou por declarar falência. Esta medida, conhecia como “falência de reorganização”, permite ao fundador Henrik Fisker (designer do Aston Martin DB9 e do BMW Z8) manter o comando das operações e evitar que as coisas piorem.
Os sinais de que algo não estava bem com a saúde financeira da Fisker começaram no final do ano passado aquando da redução do preço do SUV Ocean. Depois, em fevereiro deste ano, a empresa comunicou os problemas de tesouraria aos investidores, dado que as vendas do ano transato foram 25% abaixo do previsto. Essa comunicação obrigou a uma descida brutal do preço do Ocean (na imagem), e numa tentativa de salvação foram mesmo encetadas algumas conversações com um construtor maior, ao que se julga ter sido a Nissan. Estas negociações, que entretanto não deram em nada, procuravam ajudar ao arranque da produção do citadino Pear (que, alegadamente, já tinha mais de 5 mil pré-encomendas) e de uma pick-up. A tudo isto somam-se as falhas de software, a regeneração inconsistente e alguns plásticos de qualidade abaixo do expectável no interior do Ocean.
Recorde-se que esta não é a primeira vez que a Fisker se vê na bancarrota. Já em 2012 – cinco anos após ter sido fundada -, a Fisker Automotive, que produziu o desportivo híbrido plug-in Karma, tinha acionado o mesmo mecanismo legal.
