W1 é o McLaren mais rápido e potente de sempre

McLaren W1

Sucessor do P1 é um hipercarro híbrido com motor V8 que traz 1275 cv e aerodinâmica herdada da Fórmula 1.

A McLaren revelou o W1, um hipercarro que pretende seguir as pisadas do F1, sendo na prática também um sucessor do P1. Trata-se de um modelo híbrido, que reúne os préstimos de um novo motor V8 4.0 biturbo colocado a 90 graus e com cambota plana a debitar 929 cv, coadjuvado por uma caixa de dupla embraiagem de oito velocidades, com uma potência combinada de 1275 cv e 1340 Nm – ou seja, o carro de estrada mais potente de sempre da marca britânica. O “redline” e atingido às 9200 rpm, em virtude da utilização de furos nos cilindros com spray de plasma. Além disso, o bloco é composto sobretudo por componentes em alumínio. O motor opera a 350 bar e com um sistema GDI (similar ao que a Mitsubishi utilizava nos anos 1990). A acompanhar surge um módulo híbrido mais leve que no P1, herdado da Fórmula 1 e do IndyCar. Com 346 cv/255 kW, o motor elétrico e a unidade de controlo surgem integrados no mesmo módulo. Este motor é alimentado por uma bateria de 1.384 kWh de capacidade, permitindo uns escassos 2,6 km em modo elétrico. Ainda assim, traz um carregador de bordo. A bateria e o motor elétrico são utilizados também para as manobras de marcha-atrás e para o arranque do carro após períodos prolongados em que esteja desligado, além de estarem conectados à caixa de velocidades. Já a direção e o sistema de travagem mantem-se hidráulicos. Com 1399 kg, o W1 é apenas ligeiramente mais pesado que o P1 – permitindo uma relação peso/potência de referência na sua classe de 911 cv/tonelada.

Este modelo de tração traseira é igualmente o McLaren mais rápido da história, anunciando 0-100 km/h em 2,7 segundos, 0-200 km/h em 5,8 seg. e 0-300 km/h em menos de 12,8 seg. A velocidade máxima é limitada a 350 km/h. Segundo o fabricante, o W1 é 3 segundos mais rápido que o Senna numa volta ao circuito de Nardò, em Itália. O W1 utiliza elementos de aerodinâmica ativa na mesma linha do Senna e do 765LT, além do “Efeito solo” (“Ground effect”) da Fórmula 1. Assim, o carro pode “transformar-se” quando entra em pista, graças às novas asas ativas da frente e de trás. A isso alia uma “Active Long Tail”, basicamente uma asa traseira extensível que opera em conjunto com o difusor e que faz as vezes do DRS e que atua como um “air brake”, promovendo a estabilidade. Com efeito, o formato do piso do carro ajuda a uma utilização ainda mais eficaz da aerodinâmica de efeito de solo. Em modo “race”, o W1 baixa a suspensão em 3,7 cm à frente e 1,8 cm atrás. Então, com as asas ativas e o Active Chassis Control III, o hipercarro gera até 350 kg de “downforce” à frente e até 650 kg atrás – um total de 1000 kg, úteis curvas a alta velocidade. A suspensão dianteira do W1 foi desenhada para favorecer ao máximo o fluxo aerodinâmico, com braços inferiores graças a “push-rods” e amortecedores interiores. Nota também para a abertura na janela mais pequena e para os bancos aparafusados, embora os pedais, volante e outros comandos sejam ajustáveis.

O W1 custa 1,9 milhões de euros e tem uma produção limitada a 399 unidades – já todas com dono atribuído e todas personalizáveis pela MSO. Tem quatro anos de garantia/quilómetros ilimitados, com seis anos e 72 mil km para a bateria.

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