PSA e FCA confirmam acordo de fusão

Carlos Tavares (PSA) à esquerda e Mike Manley (FCA) à direita View Gallery 2 photos

A nova aliança diz que será lucrativa logo desde o primeiro ano de atividade e que não vai fechar fábricas.

A PSA e a FCA formalizaram o acordo de fusão, criando assim o quarto maior construtor mundial em termos de volume no setor automóvel. A firma resultante deste negócio será a terceira mais representativa a nível do volume de negócios (que combinado será na ordem dos 170 mil milhões de euros), com vendas anuais combinadas de 8,7 milhões de unidades. O processo de fusão será progressivamente implementado durante os próximos 12 a 15 meses.  Segundo adianta a Reuters, este negócio envolve uma verba de 45 mil milhões de euros.

Apesar de ainda não adiantarem muitos detalhes sobre a nova empresa, em comunicado conjunto, as duas partes referem que este acordo permitirá alcançar cerca de 3,7 milhões de euros em sinergias anuais, sem implicar o encerramento de fábricas. Aliás, está previsto que logo no primeiro ano esta sinergia apresente resultados financeiros positivos. PSA e FCA referem que mais de dois terços da sua produção será baseada em duas plataformas: uma mais pequena e outra para modelos compactos e familiares, para um total de cerca de 3 milhões de carros por ano. Em causa poderão estar a base CMP da PSA e a LMA2 da FCA, ambas já preparadas para “eletrificação”. O acordo permitirá aumentar o investimento em soluções eficientes de mobilidade e em novas tecnologias, mormente carros elétricos e sistemas de condução autónoma. A empresa resultante desta fusão terá como CEO o português Carlos Tavares (que está atualmente à frente dos destinos do grupo francês da PSA), com John Elkann (neto do fundador da Fiat, Gianni Agnelli, que hoje preside e controla a FCA) a vestir a pele de chairman. Acionistas de longo-prazo como a Exor, a família Peugeot e O Bpifrance continuarão a ter representação no conselho de administração. Com este negócio, os chineses da Dongfeng, que atualmente têm 12,2% das ações da PSA, deverão reduzir a sua presença para cerca de 4,5%.

O grupo PSA é atualmente formado pelas marcas Citroën, DS, Peugeot e Vauxhall/Opel, já a FCA inclui os emblemas Alfa Romeo, Chrysler, Fiat, Dodge, Jeep, Lancia, Maserati e Ram. O foco desta parceria serão os mercados europeu, norte-americano e América Latina, mas com reajustes noutras zonas do globo onde ambos os grupos operam atualmente, nomeadamente na China, o principal mercado da atualidade. A PSA tem uma forte presença na Europa, enquanto a FCA possui uma representação consolidada nos EUA e América Latina, devido sobretudo ao sucesso da Jeep e da Ram.

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