Entre 2003 e 2007, foram produzidas apenas 1270 unidades do lendário roadster.
Fez no passado dia 28 de setembro duas décadas que a Porsche apresentou em plena cidade de Paris, o protótipo do Carrera GT. Com Walter Röhrl aos comandos, a unidade de pré-produção desfilou com pompa e circunstância por entre o Arco do Triunfo e o Louvre, sob escolta policial. Aquele é recordado como um dos desportivos mais marcantes da era moderna metia respeito a condutores mais experientes e até Röhrl chegou a dizer que o GT foi “o primeiro carro que na minha vida senti receio ao conduzir”.
Além de ser bastião de tecnologia, incorporando desenvolvimentos de referência ao nível do chassis e de mecânica, o roadster foi também um modelo de afirmação para a casa de Zuffenhausen, devido às emoções fortes associadas à sua condução, à estética intemporal e à sua sonoridade explosiva (sendo que muitos o consideram o Porsche com melhor som de escape de sempre). A animar este Carrera GT estava um motor V10 5.7 de colocação central (derivado da Fórmula 1) numa posição de 68 graus, a debitar 612 cv às 8400 rpm e 590 Nm, surgindo acoplado a uma caixa manual de seis velocidades com embraiagens de cerâmica. A ajudar a controlar tamanha performance estavam travões carbocerâmicos – uma solução rara na época em modelos de estrada.
O Carrera GT tinha 4,60 metros de comprimento e apenas 1380 kg de peso – com um chassis em fibra de carbono e aerodinâmica herdada da competição (em especial uma asa traseira extensível desenvolvida para manter a estabilidade a velocidades mais elevadas, um difusor traseiro e um piso plano). No fundo, reunia caraterísticas suficientes para fazer disparar o modelo de tração traseira de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e os 200 km/h em 6,9 segundos. A juntar a isso, anunciava ser capaz de atingir 330 km/h de velocidade máxima.
Entre 2003 e 2007, foram produzidas 1270 unidades do Carrera GT, um modelo inicialmente pensado para correr como um protótipo LMP2000 de Le Mans.
