Ao todo foram feitas mais de 21 milhões de unidades durante 56 anos.
Ferdinand Porsche desenvolveu o Volkswagen original em meados da década de 1930 para ser o “carro do povo” da Alemanha nazi. Apesar da fábrica de Wolfsburg estar pronta em 1938, apenas alguns carros foram produzidos antes do eclodir da Segunda Guerra Mundial. Durante o período do conflito global, a unidade fabril passou a produzir quase em exclusivo os veículos militares Kübelwagen e Schwimwagen – tendo sido feitos apenas 630 Type 1 de uso “civil” durante toda a guerra -, até ter sido destruída quase na sua totalidade pelos bombardeamentos dos aliados. Quando a guerra acabou, foram os ingleses que assumiram o controlo da fábrica. Apesar de nenhum fabricante estava interessado em ficar com as instalações (que chegaram a ser oferecidas à Ford, por exemplo), o Major Ivan Hirst convenceu o governo britânico a encomendar 20 mil Volkswagen para uso militar, para apoiar os serviços dos aliados na Alemanha destroçada pela guerra. Para alimentar os operários da fábrica, o Hirst plantou trigo nas imediações da fábrica. É aí que a data de 27 de dezembro de 1945 se torna importante (cerca de meio ano após a rendição dos alemães), pois foi o arranque oficial da produção em série do Type 1 (também conhecido por Beetle ou Carocha).
A falta de matéria-prima levou a que o arranque do processo de produção tivesse sido particularmente lento. Até ao final do referido ano foram feitas apenas 55 unidades e até junho de 1948 (altura da introdução do Marco alemão) o ritmo era de apenas de cerca de mil unidades por mês. Nesse período nasce a versão “civil” do Type 1, que passa também a ser exportada. Esse fator contribuiu para o enorme sucesso comercial do modelo à escala global.
Dez anos depois de ter sido lançado, já tinham sido construídas 1 milhão de unidades do Type 1. E até ao final da produção do Beetle original, em 2003, foram feitas 21.529.464 unidades (15,8 milhões delas saídas de Wolfsburg).
