Datsun morreu, outra vez

Carlos Ghosn junto ao Datsun Go em Nova Deli em 2013

Nissan decidiu prescindir da histórica marca, que atualmente se dedicava a produzir modelos para mercados emergentes.

A Nissan vai fechar a Datsun. O objetivo da Aliança é focar-se nas suas marcas principais, Renault, Nissan e Mitsubishi.

A marca nipónica dedicava-se atualmente apenas à produção de modelos “low cost” para mercados emergentes. Recorde-se que a Datsun foi recuperada há quase uma década pelo antigo CEO do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn. A sua aposta começou no Go, um pequeno modelo apontado à Índia, América do Sul e África. Posteriormente chegaram mais cinco modelos, mas sem grande sucesso – e o futuro da marca ficou particularmente comprometido com o afastamento de Ghosn do comando da aliança em 2018. Em 2021, foram produzidas apenas pouco mais de 7 mil unidades dos modelos da Datsun. A fábrica de Chennai, na Índia, está neste momento a produzir os últimos exemplares do redi-Go, o último sobrevivente.

A história da Datsun começou com o nome de Kaishinsha Motorcar Works em Tóquio que chamou ao seu primeiro carro DAT em honra aos três investidores que apoiaram a empresa: os senhores Den, Aoyama e Takeuchi. Em 1931, a empresa mudou a sua designação para DAT Jidosha Seizo Co., uma subsidiária da Tobata Casting Co. No ano seguinte, introduziu um pequeno carro que foi inicialmente chamado Datson (para “filho de DAT”). Contudo, esse nome foi rapidamente substituído por Datsun. Em 1934, a DAT tornou-se a Nissan Motor Co. A Datsun desempenhou um papel importante na expansão da indústria japonesa após a Segunda Guerra Mundial. Para isso contribuíram vários hatchbacks e desportivos (como o 240Z). A marca acabou por sucumbir na década de 1980, com um historial de 20 milhões de unidades vendidas em 190 países.

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