Nesta segunda geração, agora “zero emissões”, o SUV recebe ainda na base da gama uma opção Macan 4 com 408 cv.
A Porsche revelou a segunda geração do seu modelo mais vendido, o Macan. Esta nova geração tem a particularidade de ser 100% elétrica e é proposta nesta fase em duas versões: Macan 4 e Macan Turbo. Fweita com base na plataforma PPE, desenvolvida em conjunto com a Audi, O SUV tem uma arquitetura de 800V (que permite uma redução na utilização de cobre e possibilita carregamentos mais rápidos até 270 kW – contribuindo para encher de 0 a 80% da carga em 21 minutos) e servirá de base também aos próximos Porsche Cayenne e Audi A6 e Q6. Utiliza baterias com células de Lítio-Niquel Manganês Cobalto distribuídas em 12 módulos, num total de 100 kWh de capacidade (dos quais 95 kWh são utilizáveis). As versões de lançamento estão disponíveis com um motor por cada eixo, sendo que o do eixo posterior está disposto a 180 graus de modo a garantir uma distribuição de peso ideal como se de um tração traseira se tratasse. No caso do Macan 4 temos 408 cv e 650 Nm, enquanto o Turbo sobe para os 639 cv e 1130 Nm – ambos valores em “overboost”, disponível apenas recorrendo ao Launch Control. No 4 a aceleração de 0 a 100 km/h é cumprida em 4,9 segundos e no Turbo a mesma tarefa demora 3,1 segundos a executar. A velocidade máxima é de 220 e 260 km/h, respetivamente. No Macan a Porsche optou por uma caixa de uma velocidade em detrimento de uma solução de duas velocidades utilizada no Taycan – o que contribuiu para, segundo a marca, atingir mais velocidade e melhorar a capacidade de aceleração, além de uma redução no peso e aumento da eficiência do conjunto. De fora comparativamente com a berlina ficou também a função “one pedal”, com o Macan focar-se numa travagem regenerativa que pode chegar aos 240 kW. A Porsche apostou num esquema de suspensão multibraços para ambos os eixos – com configuração “twin valve” à frente. Ambas as variantes de lançamento trazem de série molas pneumáticas e amortecimento adaptativo Active Suspension Management (PASM). Em opção existe um sistema de quatro direcionais, capaz de rodar as rodas posteriores até cinco graus na direção oposta das dianteiras – o que ajuda nas manobras a velocidade reduzida e a estabilidade a velocidade mais elevada.
Visualmente, o Macan mantem a silhueta conhecida da primeira geração, destacando-se na frente as luzes diurnas estilo do Taycan. Os faróis foram colocados numa posição mais baixa no para-choques e o capot foi colocado numa posição mais baixa, tendo agora um “frunk” com 84 litros no lugar normalmente ocupado pelo motor. O coeficiente aerodinâmico deste SUV é de 0,25, graças ao spoiler traseiro ativo, aos apêndices dianteiros e aos painéis inferiores. Esta geração tem 4784 mm de comprimento, 1938 mm de largura, 1622 mm de altura e 2893 mm de distância entre eixos – 103 mm mais comprido, 15 mm mais largo, 2 mm mais baixo e com mais 86 mm entre eixos do que o anterior. A mala tem 540 litros de capacidade (mais 43 litros que o Macan antigo).
O interior segue a mesma bitola do renovado Cayenne e do novo Panamera. Destaque para o painel de instrumentos digital de 12,6 polegadas com ecrã curvo e para o ecrã central panorâmico tátil com 10,9” a permitir acesso ao Spotify e ao Youtube. Em opção existe um HUD de realidade aumentada e um ecrã tátil adicional de 10,9” para o passageiro da frente. A Porsche diz que melhorou as funções que permitem aceder aos postos de carregamento via navegação. Existem ainda comandos físicos para regular o ar condicionado e o volume do som na consola central.
