“Off-roader” passa a contar com tecnologia “mild hybrid” em todas as versões.
Ao fim de 45 anos de história, o Mercedes-Benz Classe G passa ser eletrificado. Com a mais recente renovação da gama, o modelo de todo o terreno passa a contar com tecnologia “mild hybrid” em todas as versões, a poucas semanas da estreia da variante 100% elétrica EQG. Neste facelift, o G foi otimizado para reduzir o consumo de combustível. O todo o terreno conta com a opção de um motor 3.0 de seis cilindros em linha para as versões convencionais e V8 4.0 biturbo para o AMG – qualquer um deles com tecnologia MHEV de 48V, com um motor elétrico integrado na caixa automática de nove velocidades 9G-Tronic (atualizada, com conversor de binário que permite relações mais amplas) a proporcionar entre 15 e 23 cv. O Diesel disponível é o G450 com 367 cv e 750 Nm, havendo ainda o gasolina base G500 com 449 cv e 560 Nm, além da versão de referência Mercedes-AMG G63 com 585 cv e 850 Nm. Esta última anuncia 0-100 km/h em 4,3 segundos e uma velocidade máxima de 220/240 km/h. Os consumos da opção Diesel vão de 8,7 a 10 l/100 km. A distribuição de binário de série é na proporção 40:60 e a altura ao solo de 229 mm nas versões convencionais e de 241 mm na versão AMG. Existem três diferenciais mecânicos emparelhados com uma caixa de redutoras.
Visualmente, as alterações são subtis, destacando-se a nova grelha do radiador, com quatro filamentos horizontais. O para-choques dianteiro também foi redesenhado, tendo entradas de ar maiores. Na versão AMG há entradas de ar no para-choques com filamentos ativos, mas também há revestimentos dos pilares do para-brisas e o lábio do spoiler com um formato específico para reduzir a resistência aerodinâmica. O G63 conta com uma nova cor exterior Manufaktur Hyper Blue Magno e faróis em LED adaptativos de série. Ao todo existem seis diferentes tipos de jantes que vão da medida 20 a 22”. A nível de equipamento também há novidades a assinalar, com a introdução de dois ecrãs de 10,25 polegadas (para a instrumentação e infotainment, projetando a última geração do sistema MBUX. A isso junta um volante multifunções. A gama contempla um acesso e arranque sem chave Keyless Go, sistema de som Burmester Premium 3D com Dolby Atmos, assistente ativo de travagem de emergência, cruise control com limitados de velocidade com base na rota selecionada, assistente ativo na direção e a câmara dianteira Offroad Cockpit (vulgo “capot transparente”, herdada do EQE e do GLC, que permite ver a frente do carro utilizando uma câmara de 360 graus).
A Mercedes continuou a apostar num chassis de eixo rígido, com bloqueios do diferencial. Já o G63 dispõe do sistema AMG Active Ride Control (similar ao do AMG GT e do AMG SL). Este sistema permite ter maior agilidade em todo o terreno, apesar das 2,5 toneladas de peso do conjunto, graças às barras estabilizadoras hidráulicas que possibilitam aumentar a aderência em cada roda, ao mesmo tempo que compensa as oscilações da carroçaria. O sistema também conta com amortecimento adaptativo que permite aumentar a altura ao solo no eixo dianteiro em 30 mm adicionais. Este sistema opcional memoriza a posição num percurso específico, adaptando-se automaticamente. Existem os modos Comfort, Sport e Sport+, além dos modos específicos do pack AMG Offroad Pro, Rock e Sand. Estes podem ser apenas ativados no modo manual da caixa, regulando o grau de bloqueio eletrónico do diferencial.
