Continuidade da Smart decidida no final do ano

Smart Forease Concept

As fracas vendas poderão ditar o fim da marca da Daimler.

A Smart aceitará as últimas encomendas de modelos com motor a combustão até 31 de março. A partir daí venderá apenas o modelo elétrico. Mas nem essa mudança de rumo, que lhe poderá valer uma poupança considerável de custos, garante o seu futuro. De acordo com jornal alemão Handelsblatt, a decisão vai estar nas mãos de Öla Kallenius que sucederá a Dieter Zetsche no comando da Daimler em maio. Fonte da marca disse que Kallenius “não terá problemas em matar a marca”. Contudo, a decisão acerca do futuro da Smart só deverá ser tomada no final do ano.

Até agora, da Smart nunca conseguiu suplantar a fasquia das 200 mil unidades/ano e no ano passado as vendas da marca foram de apenas 128.802 unidades em todo o mundo, o que representa uma quebra de 4,6%. A Evercore ISI afirma que não sabem como é que a marca do Fortwo “será capaz de gerar lucros, uma vez que os custos fixos são demasiado elevados”. Os especialistas financeiros estimam que a Smart represente uma perda anual entre 500 e 700 milhões de euros. Mais significativo do que isso é o facto de o lucro da marca do grupo Daimler ter caído 30% em 2018.

A atual responsável pela marca, Katrin Adt, apoia a passagem da produção de França para a China – especialmente se a Smart ficasse responsável pelo fabrico de uma nova geração de modelos em conjunto com os chineses da Geely (atual dona da Volvo) e com a BAIC. E até há conversações nesse sentido. Outro cenário é partilhar o desenvolvimento da próxima geração de Smart com a Renault, mas mesmo assim os custos seriam demasiado elevados para gerar lucros. Mas o anúncio da transição para os elétricos – que atualmente anunciam autonomia entre 145 e 160 km e têm um preço a começar nos 22.600 euros em Portugal – poderá fazer a marca francesa abandonar a parceria que atualmente produz em conjunto o Smart Forfour e Renault Twingo.

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