VW T-Cross 1.0 TSI 95 cv Life

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A moda dos SUV continua a alastrar-se e o segmento de maior crescimento é o dos SUV do segmento B. Ciente que está a trabalhar numa franja de mercado onde a imagem tem um peso mais vincado, tem no T-Cross uma proposta sem defeitos, que se faz valer de muito espaço e versatilidade a bordo. A ponto de poder conquistar clientes habituais do Polo.

O que é?

O VW T-Cross vem, de certa forma, agitar as águas dos SUV do segmento B. Apesar de ter chegado relativamente tarde ao mercado, injeta um nível de maturidade e de versatilidade até aqui quase ausentes neste importante segmento. Com um desenho dinâmico, faz-se valer da personalização – requisito quase obrigatório neste tipo de carros – e de inúmeras configurações no interior, ao estilo de um pequeno monovolume. Estas caraterísticas dão azo a uma possível canibalização dentro da própria marca, uma vez que o T-Cross reúne argumentos suficientes para roubar clientes habitualmente inclinados para o Polo e mesmo para o ainda jovem “português” T-Roc, 12 cm maior. As mais-valias do T-Cross começam nos bancos traseiros deslizantes (até 14 cm, como o Tiguan) e a capacidade de rebater os lugares posteriores de modo a formar um piso completamente plano, permitindo uma capacidade de carga até 1281 litros – tornando-o adaptável a praticamente todo o tipo de necessidades de uso diário. A juntar a isso, o SUV mais compacto da casa de Wolfsburg brinda-nos com tecnologia normalmente presente apenas em modelos de segmentos superiores.

Para que serve?

O T-Cross tem 4,11 metros de comprimento, o que faz dele 55 mm mais comprido que o Polo – modelo com o qual partilha a sua plataforma MQB A0. Mas principal diferença entre ambos está ao nível altura, com o SUV a ser 138 mm mais alto. A generosa distância entre eixos (de 2551 mm) em relação ao comprimento total permite aumentar substancialmente a sensação de conforto e habitabilidade no interior. A posição de condução é elevada, típica de um SUV, com os ocupantes dos lugares dianteiros a ficaram a 597 mm do solo e os de trás a 652 mm. Isto resulta numa posição 10 cm mais elevada do que Polo. Outra das grandes vantagens trazidas pela plataforma é o facto de ter o eixo da transmissão mais próximo da extremidade dianteira do carro, o que possibilita que até cinco ocupantes possam viajar em relativo desafogo. A capacidade da mala oscila entre 385 e 455 litros (se contarmos com o piso inferior), dependendo da posição da segunda fila de bancos. Com o rebatimento da segunda fila (na proporção 60:40), a capacidade aumenta para níveis de referência da classe. O acesso aos lugares posteriores é bom, em virtude da adoção de quatro portas de dimensões generosas. O lugar do passageiro também pode ser rebatível, em opção.

O novo SUV pode ser encomendado em 12 cores exteriores e tem inúmeras combinações de jantes. Por dentro, é jovem e desportivo q.b., existindo vários pacotes de personalização a contribuir decisivamente para alegrar o ambiente, incluindo estofos em dois tons, aplicações com design 3D no painel decorativo do tablier, luz ambiente, etc. Os materiais são duros, ao estilo do T-Roc, sendo, no entanto, piores que os do Polo. Destaque para a nova geração de ecrã tátil de 8 polegadas e painel digital da mesma dimensão, sem ser Virtual Cockpit – 380 euros. Ambos os ecrãs estão alinhados com o campo visual, o que facilita a visibilidade de todos os ocupantes. Os comandos são intuitivos. Entre o equipamento de série da unidade ensaiada Life (intermédia), destaque para o ar condicionado Climatronic, pacote Lights & Vision, volante multifunções revestido a couro, cruise control adaptativo, VW Connect, jantes de liga leve de 16”, cartão SD, sistema de navegação Discover Media, rádio Composition Media, app-connect e VW Media Control e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. A unidade ensaia acrescenta o Pacote Life Plus (993 euros). Realce ainda para as 4 tomadas USB de série (2 delas atrás), para os sistemas Front Assist, com deteção de peões, e Lane Assist.

Ensaiámos o motor 1.0 TSI, um três cilindros turbo a gasolina, na versão de 95 cv, associado a uma caixa manual de cinco velocidades (de excelente tato), na qual deverão recair as preferências dos portugueses, segundo as estimativas do importador SIVA. Confortável ao nível do rolamento e da suspensão, o T-Cross não é o modelo mais cativante de conduzir no segmento. Mas também não compromete. A sonoridade do motor está sempre presente, sem nunca se tornar chata e denotando claramente que é um três cilindros. Raramente se revela curto em cidade, sobretudo acima da 2000 rpm, sobretudo devido ao recurso à caixa manual de cinco velocidades. Embalado e em regimes superiores, é muito competente. Contudo, em ultrapassagens em autoestrada poderá não ser o melhor aliado – sobretudo porque é algo sensível a ventos laterais fortes em estrada aberta. No final do teste, uma média de 6 l/100 km. Em cidade, a tendência é para rondar os 8 l/100 km e em autoestrada baixa para os 5.

Porque devo comprar?

No T-Cross, a Volkswagen teve o condão de se aventurar por um território explorado pela marca com um resultado plenamente satisfatório, sem perdas de qualidade alarmantes. Apesar de uma qualidade algo dececionante dos materiais no interior, tendência que já tinha sido ditada pelo T-Roc, os cerca de 1500 euros adicionais face a um Polo equivalente poderão justificar-se pelo estilo e sentido prático acrescido, num produto final com muita maturidade, refinamento, qualidade de construção e equipamento.

Que opções tenho?

O T-Cross está disponível em três níveis de equipamento: base, Life e Style. Os preços começam nos 18.771, 21.131 e 25.620 euros, respetivamente. Para já, poderá ser encomendado com o motor 1.0 TSI nas versões de 95 cv (caixa manual de cinco velocidades; só mais tarde terá opção DSG) ou de 115 cv (com caixa manual de seis velocidades ou de dupla embraiagem DSG de sete relações, disponível por mais 1700 euros). Nas próximas semanas está prevista a chegada do 1.6 TDI, um Diesel de 95 cv. A diferença de cerca de 5 mil euros para o T-Roc poderá fazer muitos clientes olharem para este T-Cross. Todos têm garantia de cinco anos ou 90 mil km.

Há desconto?

Não.

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