Skoda Karoq 2.0 TDI 150 cv Sportline

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As vestes desportivas Sportline tornam o Karoq mais especial, colocando-se no topo da gama, pelo menos enquanto não aparece uma versão RS. Mas, além do bom aspeto, será que é um bom negócio?

O que é?

Lançado no ano passado, o Karoq veio substituir o Yeti. O SUV do segmento C, o mesmo do Nissan Qashqai, carateriza-se por linhas mais elegantes, em vez do formato mais quadrado do seu antecessor. A versão Sportline vem “apimentar” a estética do SUV, na tradição dos modelos de topo RS. No caso do Karoq inclui detalhes específicos na carroçaria, jantes de 18 polegadas e revestimentos em tecido com um padrão específico no interior. Num modelo de condução envolvente, só mesmo as jantes maiores retiram algum do refinamento e conforto que carateriza este SUV. Além disso, o equipamento adicional torna-o menos competitivo em termos de preço. É o preço da beleza…!

Para que serve?

A Skoda tem-se afirmado por dosear da melhor forma o binómio preço/equipamento. No caso deste Karoq Sportline, este equilíbrio pode, de certa forma, sair comprometido. Mas a verdade é que o novo kit estético torna o SUV checo particularmente mais engraçado: desde as jantes de 18 polegadas, difusor traseiro, novos para-choques, a que se juntam a grelha do radiador, barras de tejadilho e capas dos espelhos em preto, a contrastar com a cor exterior vermelha da unidade ensaiada. No interior, destaque para os bancos desportivos e pedais em alumínio, mas também decorações a imitar carbono no interior das portas. Estes bancos possuem um excelente apoio lombar e proporcionam um conforto notável, não obstante serem revestidos apenas em tecido (ao contrário do que sucede, por exemplo, com os bancos do Kodiaq Sportline, forrados em couro).

Se por fora, a estética torna o Karoq mais apelativo do que nunca, por dentro, a qualidade dos materiais é muito acima da média. Na parte superior do tablier, tudo é suave em toque. E o sistema de infotainment Amundsen (460 euros) tem bom grafismo, resolução e funcionamento rápido e intuitivo. A instrumentação tem um visual desportivo, caraterístico dos modelos RS, com menu específico com cronómetro, pressão do óleo, medidor de forças G, entre outros. A mais-valia deste SUV é, no entanto, o generoso espaço interior, sobretudo na segunda fila (que rebate na proporção 60/40). A bagageira tem 521 litros de capacidade, extensível a 1630 litros com os bancos rebatidos. A posição de condução elevada, típica de um SUV, é muito boa. Isso facilita a visibilidade de toda a estrada. Em cidade, o Karoq pautou-se pela agilidade e facilidade de condução. A suspensão é mais orientada para o conforto em comparação com a do “irmão” Seat Ateca, mas compromete em pisos mais degradados quer no ruído de deslocação no asfalto em estrada aberta a velocidades mais elevadas. Em curva, mostrou movimentos controlados da carroçaria. A unidade ensaiada vinha equipada com 2880 euros de extras, entre os quais o cockpit virtual (480 euros), faróis full-LED (1005 euros) e pintura metalizada (935 euros). Dinamicamente, o motor 2.0 TDI de 150 cv mostrou-se muito solícito, com uma resposta muito linear e “redonda” em todos os regimes, com resposta afirmativa acima das 1800 rpm, e sem grandes ruídos ou vibrações à mistura. Os modos de condução Eco, Normal, Sport e Individual, ajustam a encontrar o melhor “estado de espírito”.  Em cidade, o Karoq Sportline nunca superou a média de 8 l/100 km. Se conseguir conter o pé direito, é fácil baixar dos 5 l/100 km, a rolar em autoestrada. Na média final ficou-se pelos 6,9 l/100 km.

Porque devo comprar?

A versão Sportline não desvirtua aquilo que é o trunfo do Skoda Karoq: o espaço a bordo para pessoas e bagagem. Além disso, proporciona várias soluções “simply clever”. A experiência de condução foi sobretudo harmoniosa, não sendo particularmente emocionante. O motor Diesel a mostrar-se frugal e com fôlego suficiente para a maior parte das situações, o binário de 340 Nm a ajudar decisivamente. O escalonamento da caixa manual de seis velocidades é boa e a afinação da suspensão contribui para um conforto acima da média, apesar de as jantes maiores comprometerem ligeiramente, naquele que é um modelo sobretudo da utilização familiar. Apesar do maior colorido exterior, o interior não é tão vistoso quanto isso, mesmo nesta versão mais desportiva.

Em suma, se gosta do aspeto deste Karoq Sportline saiba que terá em mãos um SUV compacto com um bom equilíbrio de qualidade/preço. Se aprecia mais a vertente prática deste modelo, opte por versões mais baratas na gama.

Que opções tenho?

A gama destas versões Sportline vai do Diesel 2.0 TDI de 150 cv de caixa manual de seis velocidades (a versão que testámos), aos gasolina 1.5 TSI de 150 cv com caixa manual e 2.0 TSI de 190 cv com caixa de dupla embraiagem DSG de sete relações. O Skoda Karoq Sportline começa nos 33.152 euros, para o motor 2.0 TDI de 150 cv. É 2100 euros mais caro do que a versão sem o kit Sportline. O 1.5 TSI nos 34.321 euros e o 2.0 TSI nos 36.550 euros. Trata-se de um fosso assinalável para as versões 1.0 TSI de 116 cv Ambition que parte dos 26.531 euros, no caso das opções a gasolina. Contudo, o 2.0 TDI Sportline torna-se num bom investimento quando comparado com o 1.6 TDI de 116 cv DSG Ambition, que começa nos 34.931 euros (1779 euros mais caro). O “irmão” Seat Ateca Xcellence 2.0 TDI de 150 cv começa nos 39.263 euros. O VW Tiguan R-Line 2.0 TDI de 150 cv arranca nos 48.219 euros.

Há desconto?

Não. Mas o Karoq Sportline possui manutenção incluída de quatro anos ou 80 mil km.

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