James Hunt deixou-nos há 27 anos

James Hunt

Conhecido por “superstar”, o polémico piloto britânico protagonizou juntamente com Niki Lauda um dos momentos mais marcantes da história da F1.

James Hunt morreu de ataque cardíaco a 15 de junho de 1993 (aos 45 anos), mas ainda hoje é recordado de muitos fãs do desportivo motorizado por esse mundo fora. O britânico, mulherengo e de boa pinta, foi campeão do mundo de Fórmula 1 uma única vez em 1976 – numa temporada que fica marcada pela acesa disputa com o metódico austríaco Niki Lauda (tricampeão mundial de F1) – cujo acidente no G.P. da Alemanha, em Nürburgring, quase lhe ia custando a vida. De resto, esse duelo está imortalizado no filme “Rush” (2013) de Ron Howard.

Hunt teve uma vida curta, mas intensa, ligada não só à competição de automóveis como ao perigo, às mulheres, ao álcool, sempre sem papas na língua. Foi casado por duas vezes e teve dois filhos. Como muitos outros jovens pilotos, o britânico nascido em Belmont começou a correr em troféus de Mini e na Fórmula Ford. Mas foi a sua passagem pela Fórmula 3 que atraiu os olhares da equipa de Fórmula 1 da Hesketh Racing, liderada pelo igualmente extravagante entusiasta de desporto automóvel Lord Alexander Hesketh – que aos 23 anos herdou uma pequena fortuna – assinando contrato em 1973. Quando corria pela Hesketh, Hunt utilizou um emblema que dizia: “Sex the breakfast of champions” (“Sexo, o pequeno almoço dos campeões”). Depois de correr na Hesketh por duas temporadas (com um segundo lugar em Watkins Glen na última corrida do seu ano de estreia), Hunt passou então para a McLaren, onde foi campeão mundial logo no seu primeiro ano ao serviço da equipa com apenas um ponto de vantagem sobre Lauda – depois de uma histórica recuperação in extremis até ao terceiro lugar em Fuji na última corrida da temporada. Após mais dois anos sem glória – com um quinto e um 13º lugar na geral – no início de 1979, o inglês mudou-se para a Wolf, e retirou-se em definitivo das corridas logo no final desse ano, após uma sucessão de maus resultados com um carro pouco competitivo. Depois disso, tornou-se empresário e comentador na BBC.

Rápido em todo o tipo de condições, talentoso, de estilo quase sempre agressivo e com enorme coragem, James Hunt venceu ao todo dez corridas na F1 (nove com a McLaren e uma ao serviço da Hesketh, em Zanvoort em 1975 – naquela que é considerada por muitos como uma das suas melhores corridas).

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