O mais icónico do “Hot rods” vai a leilão

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O McMullen Roadster de 1932 tem uma base de licitação de 354 mil euros.

Antes da era dos “muscle cars”, quem reinava eram os “hot rods” um conceito anterior à Segunda Guerra Mundial de “street racers” o mais despidos possível feitos para os mais audazes. Foi precisamente com a forma de estar “Live Fast, Die Young” (“Viver rápido, morrer jovem”) que muitos pegaram em modelos mais antigos para fazer alguns desses “hot rods”. Foi o que sucedeu com Tom McMullen que comprou um Ford Model A com este que vê nas imagens, originalmente produzido de 1932 e em 1958 trocou o motor V8 de 283 cc de origem por um “small block” Chevy V8 de 352 cc. Não satisfeito com isso, McMullen adicionou um compressor GMC 4:71, dois carburadores de quatro barris, uma caixa de quatro velocidades da Ford de 1939 e um depósito de combustível em alumínio Moon Eyes. O “monstro” nunca estaria completo sem uma pintura a condizer, neste caso com chamas desenhadas por Ed “Big Daddy” Roth e com o próprio McMullen a desenhar algumas riscas. Em 1963, o McMullen Roadster, como passou a ser conhecido, foi capa da revista Hot Rod. Um momento histórico, para aquele que é considerado um dos mais icónicos “hot rods” de sempre. McMullen continuou a tentar evoluir o carro enquanto o utilizava num base diária, sendo que durante a década de 1960 o modelo foi capa de várias revistas, capas de discos, anúncios e filmes.

Por estranho que possa parecer, McMullen costumava conduzir o carro regularmente e levá-lo aos limites. Em 1964, participou numa prova velocidade em El Mirage, tendo conseguido atingir um pico máximo de 269 km/h – o que lhe valeu o título de “hot rod” de estrada mais rápido. Os dias de glória do Roadster terminaram na década seguinte com o proprietário a vende-lo por pouco mais de 4 mil euros, para apostar noutros negócios. Em entrevistas, McMullen (que morreu em 1995 num acidente de avião) admitiu que foi um dos maiores erros que cometeu, uma vez que nunca mais conseguiu recuperar o carro. O McMullen Roadster acabou nas mãos de Roy Brizio, um conhecido criador de “street rods”, que no início deste século restaurou o carro e passou a conduzir o carro no seu dia-a-dia e em provas ao fim de semana. Em 2007, participou no concurso de Elegância de Pebble Beach, tendo sido considerado o “hot rod” mais icónico de sempre.

O “hot rod” foi leiloado em 2012 pela Mecum por cerca de 620 mil euros. Agora, a Mecum volta a leiloar o McMullen Roadster entre 10 e 18 de julho, com uma base de licitação de 354 mil euros. O carro fará parte da Mecum Gallery Exposition, uma nova plataforma de vendas que permite a compra direta de carros com “grau de investimento”.

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