Exemplar de 1993 do supercarro desenhado por Marcello Gandini pertenceu ao Sultão do Brunei e vai estar à venda brevemente.
O Cizeta-Moroder, que se passou a chamar apenas Cizeta V16T pouco tempo após a sua estreia, é recordado como um dos desportivos exóticos mais raros e admirados de sempre. O modelo nasceu da mente do engenheiro Claudio Zampollini, do músico e produtor musical (pioneiro da música eletrónica) Giorgio Moroder e do designer Marcello Gandini (autor, entre outros dos Lamborghini Miura e Countach). Apresentado em 1988 e com 20 unidades produzidas entre 1991 e 1995, o desportivo italiano tem “sangue” da Lamborghini, uma vez que quem esteve envolvido no projeto tem vários anos de experiência na casa de Sant’Agata Bolognese. Exemplo disso, é que o interior é assinado por Bruno Paratelli, na altura responsável pela maioria dos Lamborghini. Agora, a grande novidade é que o concessionário de supercarros Curated, sediado em Miami (nos EUA), anunciou que um dos nove exemplares do lote inicial do Cizeta, o único pintado em azul (e um dos dois encomendados pelo Sultão do Brunei, Hassanal Bolkiah – cuja coleção se estima poderá ter cerca de 2500 carros) será posto à venda muito em breve. Curiosamente, o Cizeta não está homologado para andar em estrada nos EUA.
Esta unidade, com o chassis 101, a sexta a ser produzida, foi apresentada no Salão de Genebra de 1993. Depois disso, foi utilizada para fotos promocionais e nalguns eventos, tendo apenas 610 km no odómetro. Isso é facilmente justificável pelo facto de o carro ter regressado às instalações da Hong Seh Motors (que encomendou o carro a pedido do Sultão) em Singapura, nem chegou sequer a ser matriculado. Há cerca de meio ano o carro foi comprado pela referida concessão e no final do mês passado viajou até aos EUA para ser vendido, por um preço que ainda não foi anunciado. Recorde-se que, quando era novo, o supercarro de Modena foi comercializado por valores entre 550 e 720 mil euros…
O Cizeta está equipado com um motor V16 6.0 de colocação central traseira, acoplado a uma caixa ZF transaxle de cinco velocidades, responsável pelo envio de 540 cv às 8000 rpm e 542 Nm para o eixo posterior, onde pontificam jantes de 17 polegadas. Como tal, não é surpresa que o supercarro anuncie 0-100 km/h em quatro segundos. Para aguentar tudo isto há um depósito de 140 litros de capacidade à disposição! O desenvolvimento do motor munido de 64 válvulas, oito árvores de cames, quatro cabeças de cilindros, dois sistemas de injeção de combustível e duas correias dentadas ficou a cargo de Oliviero Pedrazzi. A base do Cizeta é um chassis tubular, com uma suspensão de triângulos sobrepostos inspirada nos modelos de competição da época. O carro final, facilmente identificável pelos quatro faróis escamoteáveis, é 8 cm mais largo face a um Ferrari Testarossa.
