Próximos desportivos da Renault poderão ter símbolo da Alpine

Alpine A110

Na calha estão um SUV elétrico e um concorrente do Porsche 911.

Este é um momento de afirmação para a Alpine. A chegada de Luca de Meo coincidiu com o anúncio da entrada na Fórmula 1 (o que acontecerá já em 2021) e no patamar mais elevado do WEC. A forma entusiasta como foi acolhido o único modelo da marca desportiva francesa, o A110 (que só na Europa vendeu 4376 unidades em 2019, segundo a Carsalesbase), justifica, segundo o gestor italiano, o investimento numa linha de produtos, com ênfase na eletrificação. E já há candidatos para as novas apostas da casa de Dieppe: um SUV elétrico com base na recém-lançada plataforma CMF-EV (a mesma do Nissan Ariya e do Mégane eVision) e um supercarro para concorrer com o Porsche 911 – procurando colmatar, na medida do possível, a mais que certa ausência do próximo Nissan 400Z na Europa.

Em declarações à Auto Express, Luca de Meo disse que a Alpine tem potencial para se tornar numa espécie de “mini Ferrari”, deixando ao mesmo tempo em aberto a possibilidade de os próximos modelos desportivos da Renault poderem passar a envergar o símbolo da Alpine. O candidato mais óbvio é o Renault Mégane RS, mas também é possível que o Clio RS – que ficou de fora desta geração – possa ser opção, tal como uma inédita variante mais “apimentada” do Captur.

O gestor recordou o seu passado recente para justificar esta possibilidade: “tal como fiz com a Cupra, encontrarei pontos de contacto entre a marca Alpine e alguns modelos da Renault”. No entanto, de Meo salvaguardou que isso acontecerá apenas com um leque selecionado de modelos: “precisamos de ser credíveis nesse processo, por isso não vamos fazer essa transformação com a Kangoo ou a Espace – a transição será feita de forma a encaixar no posicionamento da marca”.

A estratégia da Alpine, segundo os princípios do novo gestor, assenta em três pilares: a equipa da F1, os elementos históricos da marca e a gestão da divisão Renaultsport.

Deixe um comentário

*