Modelo de 1995 agora leiloado tem apenas 390 km no odómetro.
O McLaren F1 é um dos supercarros mais marcantes da década de 1990. Agora, um exemplar de 1995 daquele que foi o carro de produção mais rápido do seu tempo (desde que foi lançado, em 1992, até ao lançamento do Bugatti Veyron, em 2007), tornou-se no F1 mais caro de sempre num leilão organizado pela Gooding & Company em Pebble Beach. Alguém pagou 17,2 milhões de euros por uma unidade com singelos 390 km no odómetro – sendo que o recorde anterior era de 13,3 milhões de euros pagos. Este é valor que supera o mais raro F1 LM que foi leiloado também em Pebble Beach, pela mão da RM Sotheby’s, em 2019, por 16,8 milhões de euros.
O F1 recordista tem o número de chassis 029 e foi a 25ª unidade das 106 que foram produzidas – embora apenas 64 tenham sido de modelos de estrada. Este exemplar do supercarro britânico de três lugares, o único pintado na cor Creighton Brown, traz interiores em couro Light Tan e Dark Brown. Vem acompanhado de um carrinho de ferramentas original FACOM (de origem francesa), de um conjunto de malas, um kit de ferramentas em titânio banhadas a ouro, luvas de mecânico, um estojo de primeiros socorros, duas chaves suplentes, dois catalisadores originais, um livro oficial “Driving Ambition” e um relógio especial TAG Hauer 600 Chronometer. O carro passou grande parte da sua “vida” escondido na posse de um colecionador japonês, tendo sido apenas utilizado numa sessão promocional em Tsukuba, no Japão, e pouco mais. Foi alvo de uma revisão profunda em 1998 e a última vez que foi à oficina foi em 2008. Em 2012 foi vendido a um colecionador norte-americano, que fez menos de 80 km com o carro e que durante este tempo todo se limitou a dar à chave ocasionalmente e a substituir alguns fluidos. A pintura exterior e os pneus Goodyear Eagle ainda são de fábrica.
Dez dos 20 carros mais caros de sempre foram leiloados em Pebble Beach. O recordista absoluto continua a ser o Ferrari 250 GTO que foi arrematado em 2018 por 41 milhões de euros.
Segundo a Hagerty, os leilões deste ano em Monterey envolveram valores na ordem dos 291 milhões de euros – 37% acima do ano de 2019, antes da Pandemia.
