Piloto alemão é uma verdadeira lenda dos ralis, tendo sido campeão do mundo em 1980 e 82.
Walter Röhrl comemora hoje 75 anos. O piloto alemão com 1,96 metros de altura foi campeão do mundo de ralis por duas ocasiões e venceu o mítico Rali de Monte Carlo por quatro ocasiões. Röhrl nasceu em Regensburg, na Alemanha, e começou a sua carreira como remador, esquiador, tendo passado até pelo pingue-pongue. Estas modalidades contribuíram para aprimorar o seu equilíbrio, que lhe viria a ser útil na carreira de piloto. Pouco depois de tirar a carta, o alemão, o mais jovem de três irmãos, foi contratado como motorista, o que lhe permitiu ganhar prática muito rapidamente. O irmão mais velho Michael, que conduzia um Porsche 356, desempenhou um papel importante no futuro de Walter. Aliás, ele disse-lhe, alegadamente, para poupar para comprar o seu primeiro carro, um 356 B Coupé. Infelizmente, Michael morreu na sequência de um acidente de viação, o que fez com que os seus pais fossem contra a decisão do jovem Walter querer dedicar-se às corridas – que começou a encarar esse futuro com maior seriedade quando a carreira no ski ter ficado comprometida após uma lesão grave num pé. O empurrão final para que o mais jovem membro da família Röhrl abraçar a carreira de piloto profissional de automóveis foi dado pelo seu amigo esquiador Herbert Marecek.
O primeiro rali de Walter foi disputado com um Fiat 850, com um amigo a fazer de copiloto. Acabou esse Rali da Baviera de 1968 no segundo lugar – embora o facto de não ter passado por um “checkpoint” acabou por resultar numa grave penalização. A partir daí o piloto germânico entrou em cinco ralis em três anos, em diferentes carros emprestados. O seu primeiro rali como profissional foi com as cores da Ford aos comandos de um Capri. Dois anos depois assinou pela Opel e disputou a temporada de 1973 do WRC. Começou num Commodore, passou para um Ascona e terminou num Kadett GT/E. Neste tempo conseguiu apenas um triunfo, mas destacou-se pelo seu título do ERC em 1974. No ano seguinte, tornou-se piloto de fábrica da Fiat, comandando um Fiat 131 Abarth, com o qual ganhou algumas provas. O seu primeiro título chegou em 1980, com quatro triunfos em ralis, terminando em segundo por duas ocasiões e em quinto na Grécia. Na altura, Röhrl tornou-se no piloto mais jovem de sempre a ser campeão, com 33 anos e 232 dias. O ano de 1981 foi pouco feliz ao nível dos ralis, mas trouxe a Röhrl o triunfo nas 24 Horas de Le Mans na sua classe com um Porsche 944 LM. Em 1982 regressou à Opel, desta vez com um Ascona 400, como piloto de fábrica, tendo ganho o seu segundo título mundial. Em 1983, o piloto germânico venceu o seu terceiro rali de Monte Carlo com um Lancia 037 Rally – a prova que, segundo ele, melhor se adequava ao seu estilo de condução. Röhrl terminou em ano em segundo lugar. O seu quatro triunfo em Monte Carlo (o terceiro consecutivo!) foi no ano seguinte ao volante de um Audi Quattro A2. O seu melhor ano na Audi foi em 1985, com um terceiro lugar. Na condição de piloto de fábrica da marca alemã conseguiu vencer no TransAm e no IMSA nos EUA, mas também no DTM e vencendo a edição de 1987 de Pikes Peak.
Röhrl correu também por várias ocasiões as 24 Horas de Nürburgring, entre outros eventos históricos. A sua ligação à Porsche tem sido reforçada ao longo dos anos. Em 1993, tornou-se embaixador da marca, mas também piloto de desenvolvimento. Além de ter ajudado no desenvolvimento de alguns modelos, Röhrl assinou vários recordes de volta mais rápida no “Inferno Verde” e treinou pilotos na neve na escola da Porsche.
