Nova Ford Supervan é mais potente que o Lotus Evija

Ford e-Transit Supervan

Protótipo elétrico anuncia 0-100 km/h em menos de 2 segundos.

Com 2000 cv de potência, a quarta versão da Supervan da Ford, que foi agora mostrada no Festival de Velocidade de Goodwood, é mais potente do que um Lotus Evija. Em causa está um protótipo elétrico 100% elétrico feito com base no recém-revelado E-Transit Custom, embora com uma potência cerca de oito vezes superior.

Esta versão “race ready” conta com quatro motores elétrico, um por cada roda, e anuncia 0-100 km/h em menos de dois segundos. Este sistema é alimentado por uma bateria de 50 kWh de capacidade colocada no local normalmente ocupado pelo motor térmico, para uma melhor distribuição de peso. Esta bateria carrega em cerca de 45 minutos numa tomada rápida. À disposição estão cinco modos de condução: Road, Track, Drag, Drift e Rally. Existe ainda um limitador de velocidade no “pit lane” e um modo chamado “tyre cleaning mode”, que bloqueia um dos eixos enquanto o outro roda de modo a criar “burnouts”, ajudando a limpar e a aquecer os pneus antes de uma corrida.

Criada pela ainda jovem divisão de comerciais Ford Pro com a ajuda da Ford Performance e dos austríacos da Stard, esta nova Supervan exibirá as suas qualidades em Goodwood com Romain Dumas ao volante – que já bateu recordes em Nürburgring, Pikes Peak e mesmo en Goodwood aos comandos do protótipo elétrico de competição VW ID.R. Esta Transit Custom transformada conta com uma “spaceframe” em aço e um pack aerodinâmico radical que inclui painéis da carroçaria em material compósito, a que se junta uma suspensão, travões e direção com afinação de competição. Derivados da competição são o lábio dianteiro, as saias laterais e o difusor traseiro ao estilo de um GT3, capaz e aumentar a “downforce”.

Por dentro, esta E-Transit especial conta com um arco de segurança e bancos de competição. A isso junta um ecrã tátil herdado do Mustang Mach-e que projeta o sistema de infotainment Sync de última geração, o que lhe permite aceder a informação de telemetria em tempo real. O sentido prático é também o de uma Transit convencional, com uma porta deslizante lateral, mas também com a vantagem de acrescentar três níveis de travagem regenerativa disponíveis na E-Transit convencional (que anuncia até 380 km de autonomia).

Antes a Ford já tinha apostado noutras Supervan: uma com um motor V6 do Jaguar XJ220, outra com um motor Cosworth de F1 e outra ainda com um bloco V8 igual ao Ford GT40 de Le Mans encaixado numa Transit de primeira geração, já no longínquo ano de 1971.

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