Protótipo elétrico antecipa modelo de preço acessível e com cerca de 1 tonelada.
A Citroën revelou um protótipo de uma pick-up elétrica barata e sustentável. O Oli (pronuncia-se “all-e”) é uma espécie de laboratório sobre rodas do que poderá vir a ser modelo feito a partir de materiais reciclados. Além disso, é o primeiro modelo a integrar o novo logótipo da marca francesa (pintado em Infra-Red), que será aplicado em toda a gama em 2023. Na mesma cor surge a moldura do para-brisas, as capas dos espelhos e pormenores nos para-choques. Além disso, os faróis em LED integram as luzes diurnas e assumem o formato em C, sendo que os farolins seguem o mesmo padrão. Os para-choques integram elementos em plástico com esse mesmo formato, acrescentando luzes extra. Realce ainda para os elementos de proteção estilo “airbump” nas portas e para os arcos das rodas, que lhe conferem um aspeto tipo crossover. Já os vidros traseiros parecem não ser funcionais e surgem abaixo da linha de cintura. Na traseira, nota para a estrutura da caixa de carga feita em cartão reciclado, que surge escondida debaixo de um para-brisas posterior. Este compartimento é amovível e pode expandir de 679 mm até 1050 mm em comprimento, graças à tampa da mala dobrável. A largura total é de 994 mm e a altura é de 582 mm, quando o referido painel não está colocado, podendo albergar elementos maiores do que a mala covencional.
Com dimensões aproximadas do C3 Aircross, o protótipo Oli segue o mesmo estilo do quadriciclo Ami, embora tenha um formato de carroçaria pouco convencional, com um para-brisas dianteiro na vertical, portas de abertura suicida, interior em vermelho e uma caixa de carga algo reduzida. Inclui ainda jantes em aço e alumínio de 20 polegadas e formato futurista que “calçam” pneus Goodyear Eagle GO concept, concebidos para durarem até 100 mil km.
O interior tem capacidade para quatro ocupantes e surge pintado em Infra-Red. Os bancos são feitos em Poliuretano Termoplástico impresso em 3D, com um padrão em malha nos encostos de cabeça, surgindo montados numa estrutura tubular que se encontra presa ao piso do carro através de amortecedores. Destaque ainda para o tablier simplificado, com uma barra horizontal, onde se encontram colunas Bluetooth amovíveis. Em vez ecrãs táteis, a Citroën optou por colocar uma doca para o smartphone, por cinco comandos para a climatização, por tomadas USB e por gavetas em Elastollan. O único visor chama-se Smartband e está na base do para-brisas, sendo operável através de um joystick no volante.
O Oli integra um piso modular feito de uma peça única em espuma de Poliuretano Termoplástico, que pode ser substituído. A marca optou por um tratamento impermeável. Os painéis das portas também foram simplificados, mas contam com zonas de arrumação.
O modelo elétrico pesa 1000 kg e promete uma média de consumos de 10 kWh/100 km, além de um alcance máximo até 400 km (WLTP) graças a uma bateria de 40 kWh de capacidade, que pode carregar de 20 a 80% em 23 minutos. O protótipo vem munido de um sistema Vehicle to Grid e Vehicle to Load, o que significa que pode armazenar energia e injetá-la de volta na rede ou servir como um power bank. A Citroën não revelou a potência do conjunto, dizendo apenas que a velocidade máxima é limitada a 110 km/h.
