“The Beast”, que outrora bateu o recorde do Guinness de pico de velocidade, tem motor V12 a debitar mais de 700 cv.
O exemplar único “The Beast”, criado pelo já falecido John Dodd e criado originalmente em 1972, chegou a bater o recorde do Guinness de velocidade máxima, com 295 km/h, vai a leilão.
“The Beast”, no seu tempo o carro mais potente do planeta, foi originalmente feito em 1996, tendo sido preparado para receber um motor Meteor da Rolls-Royce. Contudo, durante uma viagem à Suécia o motor ardeu. Apesar disso, Dodd não desistiu do projeto e reconstruiu o carro desta vez recorrendo a um Merlin V12 Mk35 igualmente oriundo da marca de Goodwood. Este motor com 27.000 cc de cilindrada ficou conhecido pela sua utilização nos aviões de caça Spitfire. Contudo, no caso do “Beast” não houve recurso a um compressor, o que reduziu o débito de potência algures entre 700 e 760 cv, sensivelmente metade da sua aplicação original.
Esta “besta” de 5791 mm de comprimento foi construída por especialistas em corridas “dragster”, com painéis de carroçaria em fibra de vidro, oito faróis, várias asas nas entradas de ar e uma grelha com as iniciais do seu criador – em substituição da grelha original, que era retirada de um Rolls-Royce Silver Shadow (algo que deu origem a um processo moroso em tribunal). Responsável por enviar potência para o eixo traseiro “heavy-duty” Currie surge uma caixa automática de três velocidades especialmente construída para o efeito por Dodd.
Apesar do exterior imponente, esta station wagon com toques de GT é pequeno por dentro, muito por culpa das dimensões do motor. Por dentro, o “Beast” é totalmente personalizado, com botões em vermelho responsáveis pela sequência de arranque do Merlin V12.
Apesar de já ter mais de 50 anos de idade, o “Beast” continua operacional e totalmente de origem, contando atualmente com pouco mais de 17 mil km no odómetro. Será leiloado a 9 de março pela Car & Classic.
