Além da versão concorrente do Tesla Model 3, o coupé de quatro portas terá, nalguns mercados, opções “mild hybrid” a gasolina.
A Mercedes-Benz está a desenvolver a terceira geração do CLA, que chegará ao público no início de 2025 com uma inédita versão 100% elétrica (na imagem, um “render” gerado por computador), acompanhada, apenas em alguns mercados, de opções equipadas com um novo motor “mild hybrid” de 48V de quatro cilindros a gasolina, embora este seja feito com componentes da parceira Geely e alguns oriundos do atual M254. Ainda não está confirmado se a variante mais “picante” com selo AMG continuará a fazer parte do catálogo.
Para abrir o apetite, o novo coupé de quatro portas será mostrado ainda sob a forma de concept car em setembro deste ano. De forma a que não haja separação das versões a combustão, o novo CLA elétrico, um potencial concorrente do Tesla Model 3, manterá o nome, não seguindo a nomenclatura dos modelos elétricos mais recentes da família EQ. A versão elétrica contará com a plataforma modular MMA e com um sistema elétrico de 800V, permitindo carregamentos até 350 kW, o que possibilita encher de 10 a 80% da carga da bateria em meia-hora. A nova base tipo skate vem acompanhada ainda de uma nova bateria LFP (de fosfato de ferro de lítio), que promete maior eficiência comparativamente com as atuais. Na calha está ainda para uma variante “long range” uma bateria de silício-anodo desenvolvida em conjunto com a Sila. Numa fase preliminar, esta bateria permitiu uma média de consumos a rondar os 12 kWh/100 km. Se este modelo utilizar uma bateria de 100 kWh, estima-se que possa ter uma autonomia até 850 km. Este CLA elétrico contará com versões de tração dianteira (com um motor) e integral (com um motor por eixo). A acompanhar virá também uma nova geração de motores elétricos, acoplados a um inversor de carboneto de silício desenvolvido recentemente e de uma caixa automática de duas velocidades.
Por dentro, o novo CLA contará com o sistema operativo MB.OS, uma arquitetura “chip-to-cloud” concebida para incluir acesso a Google Maps e outras funções. A isso juntará novos sistemas de auxílio à condução, relacionados com condução semiautónoma.
Ao novo CLA seguir-se-ão novas gerações de outros três compactos, a evoluir a partir da mesma plataforma flexível MMA (que foi mostrada pela primeira vez com o Vision EQXX concept), nomeadamente da CLA Shooting Brake, mas também novos GLA/EQA e GLB/EQB. Todos eles, quer as versões térmicas quer as elétricas, serão construídas em Rastatt (na Alemanha) e Kecskemét (na Hungria). Em complemento a esta plataforma, existirá a base MB-EA, exclusiva para modelos elétricos, que a partir de 2025 será utilizada nas versões EV do Classe C e do GLC.
Recorde-se que a Mercedes-Benz quer reduzir o número de modelos compactos dos sete atuais para apenas quatro até ao final de 2026. Esta estratégia implica o fim do Classe A hatchback com motores térmicos, do Classe A Limousine convencional, do Classe A Limousine longo (vendido na China) e do monovolume Classe B.
