A sul-coreana Kia acabou de lançar em Portugal um carro enorme (em todos os sentidos).
Por partes, o novo EV9 é um SUV de quase cinco metros de comprimento (largura de 2055 mm e uma altura de 1790 mm) que é 100% elétrico e está já disponível para particulares a partir 70 052 euros (com IVA incluído), através da versão 1st Edition e durante a campanha de lançamento (depois passa a 77 500€). Esta versão de acesso, com tração traseira apenas, tem um motor de 204 cv e 350 Nm. É proposta com uma bateria de 76,1 kWh e consegue “correr” dos 0 aos 100 km/h em 9,4 segundos. O alcance anunciado é de 541 quilómetros. Existe também uma versão de tração integral (AWD), associada unicamente ao equipamento GT-Line (com detalhes estéticos frontais mais arrojados, mas não tão diferenciadores assim). Esta versão tem uma potência combinada de 385 CV e 700 Nm de binário e no exercício dos 0 aos 100 km/h consegue 5,3 segundos (com este tamanho… isso é d’homem!). A bateria de 99.8 kWh (de quarta geração) é a mesma nas duas variantes, sendo que nesta variante mais despachada permite até 505 quilómetros de autonomia. O preço é de 89.900€, ou durante a campanha inicial: 88.900€.
O EV9 é, por dentro, quase tão grande quanto o é por fora! Tem sete lugares a bordo mas por encomenda a Kia propõe, na versão GT-Line, apenas, uma configuração de seis lugares (2+2+2). A bagageira varia entre os 333 litros com os sete lugares ocupados, os 828 litros com cinco lugares e os 2393 litros com o rebatimento dos bancos das segunda e terceira filas. À frente (no “frunk”, como se convencionou dizer – “frontal trunk”) o espaço é de 90 litros no caso do First Edition ou 52 na versão AWD.
O desenho interior é eclético por ser futurista quanto baste, conforme a demanda atual, mas capaz de não vexar ninguém, oferecendo diversos comandos físicos, capazes de rapidamente executar várias funções. Os bancos são muito confortáveis e o pisar é quase gaulês, por tão aveludado. Da volta que demos ao longo de meia centena de quilómetros que fizemos durante a apresentação nacional (em dia de grande diluvio) a primeira nota que apontámos foi mesmo esta: “Conforto referencial!”
