Novas regras da cibersegurança “vitimarão” o SUV em Portugal a partir da primavera.
A Porsche vai prescindir do Macan nos países da União Europeia, e por conseguinte em Portugal. Segundo a Automotive News Europe, esta decisão foi tomada porque o SUV não cumpre as regras de cibersegurança que serão implementadas a 1 de julho de 2024. Fonte da marca germânica adiantou que o Macan sairá de cena a partir de próxima primavera. A mesma fonte acrescentou que, quando o modelo foi desenvolvido, essas normas ainda não estavam concluídas. Além disso, a atualização do SUV para que cumprisse a referida legislação nesta fase seria demasiado dispendiosa. Segundo a Autocar, se o fabricante mantiver o Macan no catálogo estará sujeito a uma multa de cerca de 30 mil euros por cada unidade que não cumpra a UNECE WP.29 – que obriga cada carro a ter um certificado de cibersegurança e sistemas específicos que protegem de “hackers”. Cada carro tem de provar que está protegido contra 70 vulnerabilidades, incluindo ataques cibernéticos durante o desenvolvimento, produção e após a produção.
Apesar de proibido nos 27 países da UE, os Macan a gasolina – que atualmente são 4: o Macan, Macan T, Macan S e Macan GTS – continuarão à venda noutros territórios, incluindo o Reino Unido. Isso não impedirá um duro golpe nos números de vendas da Porsche, uma vez que o Macan representou, segundo números da Dataforce, perto de 20 mil unidades comercializadas na Europa nos primeiros 10 meses deste ano – sendo, de longe, o seu “best-seller”, apesar de ter sido lançado em 2014. A Porsche prevê descontinuar o Macan atual, produzido em Leipzig (na Alemanha), no final de 2025.
A boa notícia é a Porsche está poucos meses de apresentar a segunda geração do Macan, que será feita com base numa nova plataforma, específica para modelos elétricos, desenvolvida em conjunto com a Audi.
