Herdeiro do Lotus Elise será mostrado em 2025

Render do desportivo elétrico da Lotus

Desportivo elétrico Type 135 substituirá o Emira.

Quando foi apresentado o Emira já tinha o carimbo de ser o último modelo a combustão da Lotus. Agora há mais dados acerca do seu sucessor, para já conhecido pelo nome de código Type 135. Este desportivo de dois lugares será apresentado em 2025, embora as primeiras entregas estejam previstas para o início de 2027, tendo um preço base a rondar os 88 mil euros no Reino Unido. O modelo em questão, cujo desenvolvimento e produção acontecerá em Hethel (no Reino Unido), será o quarto elemento da família Vision80 project (da qual fazem parte o SUV Eletre, a berlina Emeya e o próximo SUV do segmento D Type 134 – a revelar ainda este ano e cujas entregas arrancarão em 2026, sendo que as vendas previstas deste modelo rondarão as 80 a 90 mil por ano).

Em entrevista à Autocar, Mike Johnstone, o responsável comercial da Lotus, afirmou que o Type 135 será um modelo importante no futuro da marca, devido ao preço acessível, apesar do volume de produção baixo que se perspetiva (cerca de 10 a 15 mil unidades por ano – mais do que os 5 a 6 mil apontados para o Emira). Segundo ele, este é o tipo de carro que representa a marca britânica: um desportivo leve. Aliás, o objetivo é que o Type 135 recupere o espírito do Elise. Para materializar este projeto será utilizada a plataforma LEVA, específica para modelos elétricos que foi desenvolvida com a Alpine – num acordo entretanto quebrado. Esta base funcionará também para o sucessor do Alpine A110. Apesar disso, garante a Lotus, o processo de desenvolvimento do Type 135 não foi comprometido. Aliás, a nova arquitetura de estilo motor central permite que este potencial rival do Porsche Boxster tenha uma posição baixa e uma distribuição de peso ideal, uma vez que a bateria é colocada ao meio (atrás do bancos) em vez de por baixo do piso do carro. Segundo o fabricante, a LEVA permite uma estrutura 37% mais leve comparativamente com a que é utilizada no Emira. Isto porque a plataforma foi concebida para compensar o peso extra do sistema elétrico, para que este não comprometa a típica dinâmica normalmente associada aos modelos da Lotus a combustão.

O novo desportivo elétrico terá opção de tração traseira com 476 cv – quase o dobro da potência do mais potente dos Elise – ou com dois motores (um por eixo, e tração integral) a chegar aos 884 cv. Em aberto está a possibilidade de um sistema de vectorização de binário similar ao do hipercarro Evija. Visualmente, o Type 135 (na imagem, um “render” da Autocar) terá foco na eficiência aerodinâmica, igualmente na mesma linha do Evija – recorrendo também ao processo de desenvolvimento em túnel de vento da Venturi. A nova arquitetura permitirá utilizar baterias com 66,4 kWh a permitir até 483 km de alcance ou uma maior com 99,6 kWh a possibilitar uma autonomia até 724 km. A ajudar estará um sistema elétrico de 800V, determinando para efetuar carregamentos rápidos.

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