Theon Design converte o seu primeiro Porsche 911 Targa

Theon GBR003 911 Targa

GBR003 é um 964 atualizado com motor 4.0 de seis cilindros boxer naturalmente aspirado a debitar 409 cv, carroçaria em fibra de carbono e com travões de um 993.

A Theon Design já não necessita de apresentações, pois há mais de uma década que a empresa de Oxford, no Reino Unido, converte 911 964 em autênticas peças única para clientes um pouco por todo o mundo. Agora foi a primeira vez de se aventurar num Targa. Conhecido pelo nome GBR003, este “drop-top” conta com um acabamento exterior no tom azul pastel, com uma listas laterais num tom um pouco mais claro, que lhe permite contrastar na perfeição com os revestimentos em couro “Pepita”. A acompanhar, nessa mesma cor, surge a conhecida “roll-bar” Targa e o vidro traseiro em forma de cúpula. O 964 que serve de base a este “restomod” é um Targa Carrera 2, que foi totalmente restaurado (num processo de demorou “milhares de horas”) e viu o chassis reforçado. Aliás, nesse capítulo conta com um novo sistema de suporte que assume a forma de duas “banheiras”, compostas por favos de mel Nomex normalmente utilizados na indústria aeroespacial e fibra de carbono associada à Fórmula 1, que foram coladas em sanduíche antes de serem aparafusadas ao chassis e às anteparas. Em face disso, o conjunto ficou 60 kg mais pesado face ao coupé, registando agora 1228 kg na balança.

Há também um novo motor neste 003. Tal como no GBR002, o novo Targa da Theon vai buscar um 4.0 de seis cilindros boxer atmosférico com 409 cv às 7100 rpm e 434 Nm às 5500 prm (mais 3 cv face ao antecessor). O sistema de escape em cerâmica foi especialmente modificado para este 003, com as válvulas a poderem abrir ou fechar para ajustar o volume e a ferocidade do som emitido pelo motor. As válvulas podem operar automaticamente, abrindo quando se avança para o limite superior da gama de rotações, ou pode ser ativado manualmente a partir do interior. Este modelo de tração traseira dispõe ainda de travões 993 RS, uma caixa manual de seis velocidades que surge emparelhada com um volante bimassa mais leve, para permitir passagens mais lestas. A isso junta umas jantes Fuchs de 18 polegadas. Os pedais estão mais juntos, para favorecer a manobra “ponta-tacão”, e os amortecedores TracTive com cinco níveis de regulação foram desenvolvidos especificamente para este Targa. Toda a cablagem foi igualmente reformatada, recorrendo a teares de padrão aeroespacial que economizam 20 kg face à configuração original. Por fim, há um sistema de som Focal com subwoofers integrados nas almofadas dos bancos traseiros.

Os preços para este Targa clássico “analógico” vocacionado para proporcionar uma performance moderna começam nos 485 mil euros (cerca de mais 30 mil face aos coupés) – isto sem incluir o carro “doador”. O preço de reconversão demora 18 meses.

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