Auto Drive

Abastecer como em África

Esta semana calhou-me um Renault Zoe para ensaio. Nunca tinha experimentado este pitoresco modelo francês, que sempre me despertou muita curiosidade. Uma semana foi o que bastou para chegar à conclusão que os elétricos têm tanto de bom como de… complicado. A experiência de condução é fantástica. A suavidade, o binário sempre disponível e prestações que o Zoe consegue oferecer. São tudo ingredientes suficientes para desfrutarmos de uma utilização que é uma verdadeira surpresa. Uma boa surpresa. Imagine um Renault Clio, mas sempre muito mais silencioso. Aquilo que é menos fantástico é a dificuldade que existe em carregar o Renault Zoe (ou qualquer outro elétrico) por esses postos de carregamento espalhados pelo nosso país.

Habitáculo simples, mas prático, funcional e com todos os luxos necessários.

“Fora de serviço” 
Foi o aviso com que mais me deparei nos postos de carregamento: “Fora de serviço”, “Indisponível” ou “Equipamento em Manutenção”. Felizmente este Zoe tem uma autonomia que já se pode considerar fantástica. Não faz os 400 quilómetros que a marca anuncia, mas faz, com algum cuidado, 300 kms.  Ou se andar à vontade, uns bons 200 e tal quilómetros. Espetacular, na verdade. Não vá é para uma auto-estrada, mesmo a cumprir escrupulosamente os limites de velocidade. Não porque o ZOE não seja capaz de as percorrer com extrema facilidade, mas a autonomia desce para pouco menos de 200 quilómetros. Claro que este não é o habitat natural do ZOE (esse é a cidade e meios urbanos circundantes), mas não existe qualquer restrição ou dificuldade por parte do ZOE para percorrer uma Auto-estrada como qualquer outro modelo. O difícil mesmo é controlar os postos de carregamento que nos permitem abastecer rapidamente (ou mesmo vagarosamente). Sim, é que este Zoe 40 CR, pode possuir a mesma autonomia do modelo “40”, mas tem a possibilidade de efetuar carregamentos rápidos o que, caso a bateria esteja perto do fim, nos permite ter bateria carregada em uma hora e 40 minutos. Se o ligar a uma tomada de casa, a coisa muda de figura. Para ter uma ideia, ter as baterias com cerca de 20 por cento de capacidade e ligar este Zoe à tomada de casa, o carregamento total vai demorar cerca de… 19 horas!!  Claro que a ideia é que, quem compra um Zoe, vai possuir uma “Wall box”, para efetuar carregamentos mais rápidos e assim ter disponíveis os quase 300 kms de autonomia em menos tempo. Mas não se esqueça que vai ter de alterar o quadro da sua casa.
Resumindo, a experiência propriamente dita de conduzir o ZOE é fantástica. Há conforto e o ZOE é extremamente fácil de conduzir e, verdade seja dita, nunca me senti verdadeiramente aflito por causa da autonomia. Há que efetuar uma pequena gestão dos trajetos e de onde vamos parar para termos tempo de carregar, mas apenas porque me armei em preguiçoso e não carreguei o Zoe em casa (por exemplo) e nem todas as vezes parei. E julgo que é aí que reside o truque. Com um elétrico devemos fazer como se faz em África, como o meu pai me ensinou. Sempre que houver combustível, põe. Sempre que houver comida, come. Se adotar esta máxima com um carro elétrico, deve ter a vida mais facilitada. E ainda assim, carreguei apenas de dois em dois dias. E eu não moro em Lisboa, mas a cerca de 40 quilómetros, trajeto que faço todos os dias. ZOE, ganhaste um adepto.

Curvar em subviragem de potência

A atitude natural do Yaris GRMN a curvar depressa é a subviragem de potência. A foto de abertura mostra a altura em que o apoio já está estabilizado e usamos o suplemento de tração oferecido pelo diferencial autoblocante para neutralizar a atitude e transferir (por ação da aceleração) peso para o eixo traseiro; é possível ver que os pneus exteriores dianteiro e traseiro estão quase com o mesmo ângulo de deriva.

Pelo contrário, na entrada em curva, a segunda foto da galeria, é possível ver o pneu dianteiro exterior em esforço extremo, quase parecendo que a jante vai bater no chão. Porém, a afinação do chassis e o autoblocante permitem manter uma subviragem de potência, que vai aliviar a carga sobre a frente exterior e ajudar a distribuir o esforço de curvar mais pelas quatro rodas e, em última análise, elevar a aderência total disponível. Essa transição é visível na terceira foto da galeria.

 

Mercedes-AMG E63 S 4Matic+ Station vs. Porsche Panamera Turbo S e-Hybrid

Duelo de “supercarrinhas” familiares. Em destaque no #4 da Auto Drive, o “double drive” entre a E63, capaz de uma dinâmica excional graças ao motor V8 e tração integral, e a vanguardista e multifacetada Panamera, munida de um sistema híbrido que lhe permite consumos muito reduzidos e um conforto e uma capacidade de resposta magnífica, sem comprometer o conforto.

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Aston Martin Vantage V8 Coupé

O Aston Martin Vantage continua a ser um “outsider” bastante incómodo para os coupés desportivos de referência. Em exclusivo no #4 da Auto Drive, testámos a fundo no Autódromo do Algarve a nova geração do modelo britânico. Uma das últimas máquinas concebidas para celebrar o prazer de condução.

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Citroën DS 21 Pallas

Quem não se lembra dos “boca de sapo”? Pois bem, na edição #2 da Auto Drive recuperamos na rubrica “Carros com História” um dos um modelos mais inovadores de sempre da história automóvel, o DS.

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Kia Picanto GT Cup

O novo troféu monomarca é a forma mais acessível de fazer corridas em Portugal neste momento. Nele poderá competir com um Kia Picanto GT Cup com 145 cv de pura adrenalina. Fomos conhecer melhor a competição e os novos carros no Autódromo do Estoril.

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