Volkswagen Tiguan 1.5 TSI 130 cv Confortline

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O descrédito em que caiu o Diesel junto de alguns clientes abre espaço para versões a gasolina em segmento até agora pouco explorado, como o dos SUV do segmento C. No caso da versão de acesso a gasolina do Tiguan, os consumos e o preço poderão contribuir ainda mais para uma mudança de paradigma.

O que é?

Com o Tiguan, a Volkswagen mostrou que sabe fazer um SUV compacto para o seu típico público-alvo. A segunda geração acrescenta aos bons materiais e acabamento e comportamento na estrada muito controlado uma estética mais interessante. Agora, com a chegada à gama de um novo motor de acesso a gasolina, o 1.5 TSI Evo de 130 cv, abre-se um novo leque de possibilidades para o modelo do segmento C, sobretudo em termos de consumos e no preço final…

Para que serve?

O novo motor 1.5 TSI tem vindo gradualmente a substituir na gama o 1.4 TSI. O novo motor da geração EA211 TSI Evo tem nesta versão base de 130 cv um turbo de geometria variável, uma taxa de compressão de 12:5:1, um sistema de injeção common-rail que funciona a um máximo de 350 bar e um ciclo termodinâmico Miller. Além disso, possui a tecnologia de desativação de cilindros (desligando dois dos quatro cilindros em “coasting”). Graças a estas caraterísticas, o motor anuncia uma performance 10% superior face ao 1.4 TSI de 125 cv, um pico de binário 35% superior a 220 Nm entre as 1750 e as 3500 rpm. Com a ajuda de uma caixa manual de seis velocidades (a única opção disponível para este motor) muito longa, no caso do Tiguan, o novo propulsor responde logo a partir das 1500 rpm e dura até às 5800 rpm. Este facto obriga a algum trabalho com a caixa de velocidades para manter o carro na rotação mais acertada. Já no regime intermédio, o mais importante, é onde se nota que este motor é mais do que suficiente para os cerca de 1500 kg do Tiguan. Apesar disso, não se nota grandes diferenças na capacidade de aceleração entre o novo e o velho motor. Durante o nosso ensaio, registámos uma média de consumos de 7,5 l/100 km, que em situações de congestionamento de trânsito podem ascender aos 8,5 e em estrada aberta rondam apenas os 7. A unidade ensaiada vinha equipada com jantes de 17 polegadas, o que contribui para um conforto alinhado com a média do segmento. A experiência de condução deste Tiguan é agradável, pela precisão e previsibilidade, sem nunca chegar a poder apelidada de divertida. O seu comportamento é típico de um pequeno familiar, como o Golf, por exemplo, praticamente sem adornar a carroçaria em curva.

Outro dos pontos a favor do Tiguan é o interior. Proliferam os bons materiais, ergonomia, funcionalidade e a robustez, se bem que o volante não é dos mais práticos. Não obstante, a posição de condução é correta. O ambiente não é dos mais “alegres”, pautando-se sobretudo pela sobriedade. O espaço atrás é amplo e os bancos podem ser regulados longitudinalmente até 18 cm. A mala sem ser enorme tem uns razoáveis 420 litros de capacidade. Caso procure mais espaço, opte pelo Tiguan Allspace de sete lugares. No fim de tudo, o Tiguan paga sempre Classe 1 nas portagens.

A unidade ensaiada do nível de equipamento intermédio Confortline vinha equipada de série com cruise control adaptativo, rádio Composition Media, volante multifunções revestido a couro, sistema de navegação Discover Media, Park Assist e câmara traseira. Entre os opcionais, vinha equipado com faróis dianteiros LED basis (1005 euros), instrumentação digital Active Info Display (664 euros) e abertura elétrica da bagageira (407 euros). A unidade ensaiada tem um preço de 36.487 euros.

Porque devo comprar?

A grande dúvida no momento para os clientes da gama Tiguan deve ser entre comprar o 1.6 TDI de 115 cv ou este 1.5 TSI de 130 cv. O Diesel ganha pelo binário adicional e pelos consumos mais baixos, sendo uma escolha mais consentânea com a tipologia SUV. No entanto, apesar de ser uma versão base, este TSI é uma boa opção para quem tenha receio da desvalorização dos Diesel.

Que opções tenho?

Independentemente da escolha que faça, o Tiguan é dos VW mais bem-conseguidos da atualidade. No nível de equipamento equivalente, o intermédio Confortline, o Diesel 1.6 TDI de 115 cv custa 39.150 euros, ou seja, é 7 mil euros mais caro face ao gasolina 1.5 TSI de 130 cv (32.063 euros), o que requer que faça muitos quilómetros até que consiga amortizar o investimento. Por isso, o preço é a principal vantagem desta versão a gasolina. O Tiguan tem um nível de equipamento base Trendline, exclusivamente disponível com o 1.6 TDI de 115 cv e caixa manual, a arrancar nos 36.398 euros – ainda assim 4 mil euros mais caro que o 1.5 TSI de 130 cv Confortline. Pode ainda optar pelo 1.5 TSI mais potente, com 150 cv, disponível com caixa manual (3.400 euros mais caro face ao de 130 cv) ou com caixa de dupla embraiagem DSG de sete (que já ascende aos 38.060 euros).

Face à concorrência mais direta, o Peugeot 3008 1.5 BlueHDI de 130 cv com caixa manual começa nos 34.046 euros – cerca de 2 mil euros a mais face ao Tiguan. Internamente, no grupo VW, nem o Seat Ateca nem o Skoda Karoq estão disponíveis em Portugal com o 1.5 TSI de 130 cv. Caso deseje uma opção fora deste âmbito, o híbrido a gasolina Toyota C-HR de 122 cv começa nos 32.340 euros na versão intermédia Exclusive (atualmente com um preço de desconto de 30.495 euros).

Há desconto?

O Tiguan beneficia atualmente de uma campanha no valor de 3.250 euros para particulares. Esta campanha envolve a troca de carro usado, não é acumulável com outras campanhas em vigor e é limitada ao stock existente. Tem validade até 31-08-2019.

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