Morreu o antigo patrão do grupo VW, Ferdinand Piëch

Ferdinand Piech

O austríaco, membro da família Porsche, tinha 82 anos.

Ferdinand Piëch morreu ontem aos 82 anos, deixando um enorme legado na indústria automóvel. A notícia ainda não foi confirmada oficialmente, mas, segundo o Bild, Piëch sentiu-se mal durante um evento num restaurante na Baviera na noite do dia 25 e terá sido levado para um hospital no local onde viria a falecer no dia seguinte. A causa da morte ainda não foi confirmada. O austríaco, neto de Ferdinand Porsche, saiu das funções de chairman do grupo Volkswagen em 2015, alegadamente devido a divergências com a direção. Piëch poderá ter tentado substituir o CEO do grupo, Martin Winterkorn, pelo CEO da Porsche, Matthias Mueller. Nos meses seguintes, Winterkorn acabou por sair devido ao escândalo Dieselgate.

Piëch tornou-se CEO da VW em 1993 numa altura em que o construtor estava com dificuldades financeiras. Em poucos anos, o gestor conseguiu transformar a marca e o grupo, numa das principais forças da indústria automóvel, adquirindo, por exemplo, a Bentley, a Bugatti e a Porsche. Teve o mérito de colocar a Audi como concorrente direta da BMW e da Mercedes-Benz, renascer a Bentley e colocar a Skoda no mapa. Um dos seus projetos mais queridos foi o Bugatti Veyron, mas também outras experiências como o VW Phaeton e o XL1.

A carreira Piëch começa na Porsche, logo após ter saído da universidade, com o envolvimento no processo de desenvolvimento do modelo de competição 906, mas também do 917, que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1970. Acabou por sair para a Audi em 1972, tendo contribuído para o desenvolvimento do Audi 80 e 100, mas também no carro de corridas Audi Quattro. O austríaco é também conhecido por ser um colecionador de carros e de motos. Aos 71 anos ainda conduzia uma moto da Bugatti e tinha em sua posse um Porsche 918. Um dos rumores mais recentes é que Piëch era o comprador do exemplar único Bugatti La Voiture Noire, avaliado em 17 milhões de euros.

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