Mercedes-AMG poderá reduzir 75% da gama em 2020

Mercedes-Benz-AMG-GT-R

Restrições ao nível das emissões de CO2 abaixo dos 100 g/km, devem ditar uma redução substancial da gama desportiva.

A Mercedes-AMG poderá ver a sua gama reduzida em três quartos já no próximo ano, devido à necessidade de cumprimento das normas de emissões de CO2, diz o Financial Times. Vários concessionários estão à espera desta redução substancial do número de unidades disponíveis, numa medida que poderá ser a única forma para cumprir a meta de ter uma média de emissões abaixo dos 100 g/km – numa altura em que a média atual é de 138 g/km. Os modelos da divisão desportiva da marca de Estugarda são dos mais incumpridores, por utilizarem motores menos eficientes face à restante gama. O analista da área automóvel, Max Warburton, diz que esta redução da gama AMG será “catastrófica do ponto de vista da rentabilidade”.

Com efeito, mexer na gama AMG poderá não ser suficiente, sendo que para cumprir as novas metas do CO2 poderá levar a marca alemã a mexer em modelos mais “mainstream”, restringindo as vendas aos motores de seis cilindros 3.0. Mesmo o novo GLE Coupé poderá estar disponível apenas com o referido motor.

Outra possibilidade é a Mercedes-Benz “comprar” emissões a outro fabricante de modo a baixar a sua média, na linha do que a FCA fez com a Tesla em abril passado.

Max Warburton conclui dizendo que se os fabricantes vendessem o mesmo mix de 2018 em 2021 enfrentariam multas na ordem dos 22 mil milhões de euros.

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