Homem gastou 130 mil euros a transformar Golf GTI

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Canadiano procurou, comprou, demorou 12 mil horas a restaurar o carro da sua juventude e depois… vendeu-o por uma fração do preço.

Derek Spratt tinha uma paixão pelo Volkswagen Golf GTI da primeira geração – um modelo conhecido por Rabbit GTI no continente americano. O homem tinha comprado um exemplar nos seus tempos de estudante, quando tinha apenas 21 anos de idade, e residia em Ontario – aliás, foi efetivamente o primeiro a comprar um Grand Touring Injection (GTI) no Canadá. O Rabbit de 1983 tinha 90 cv e o mesmo chassis que se vendia na Europa e na altura comprou-o porque “o GTI vinha em todas as revistas. Era o carro que toda a gente queria ter”, explica Spratt, que chegou no ano seguinte a fazer uma viagem de ida e volta de Vancouver a São Francisco com a sua namorada da altura (hoje sua mulher), pela Highway N.º1. Pouco tempo depois, vendeu o carro… mas já lá vamos.

Quando fez cinquenta anos de idade, em 2011, Spratt decidiu procurar um modelo idêntico ao GTI Mk1 da sua juventude, mas com o objetivo de o modernizar. “Queria mostrar que é possível conduzir um carro antigo como um desportivo – sem perder o fator diversão”, acrescentou o canadiano que se dedicou durante mais de 12 mil horas, ao longo de cerca de sete anos, a otimizar cada aspeto do carro. Um dos aspetos mais revelantes foi o investimento em colocar o motor atmosférico (devido ao peso) a debitar 220 cv. Este motor surge acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades de relações mais curtas feita especificamente para este modelo e com um diferencial autoblocante da Quaife. Há também alterações no escape, suspensão e sistema de arrefecimento. O capot é feito em carbono e há faróis em LED. Seguiu-se toda a eletrónica, optando por travões de ajuste eletrónico, por um ecrã tátil, sistema de som de 1200 watt e botão start & stop. Juntou a isso, bancos de ajuste elétrico e aquecidos, assim como vidros elétricos. Spratt foi documentado cada etapa do processo “online” (em mais de 180 vídeos) e foi tendo seguidores um pouco por todo o mundo: da Suécia à África do Sul. Mesmo quando foi esbarrando com alguns obstáculos, essa comunidade de seguidores foi-o ajudando. A despesa final deste processo de restauro chegou a um total de 140 mil dólares (cerca de 130 mil euros), deixando o homem satisfeito ao ponto de dizer que o Rabbit GTI “supera o Porsche 718 Cayman S em pista”.

Quando concluiu o projeto, Derek Spratt levou o seu pai de 85 anos numa “road trip”. “Somos uma família de engenheiros. O meu gosto por carros alemães vem do meu pai”, justificou, que já chegou a levar o Rabbit GTI em pista e em encontros com fãs na sua cidade natal. Foi precisamente a um jovem casal de Vancouver que Spratt acabou por vender o carro no mês passado por uma fração do preço que gastou na transformação. O canadiano prefere ver a situação na perspetiva do copo meio cheio e já pensa no seu próximo projeto: transformar um Beetle de 1961 num carro elétrico.

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