Bentley vai suprimir até mil postos de trabalho

Bentley Bentayga

Fabricante britânico vai prescindir de um quarto dos funcionários no Reino Unido para fazer face às perdas financeiras motivadas pela suspensão de produção devido ao coronavírus.

A Bentley Motors anunciou que vai eliminar até mil postos de trabalho no Reino Unido, o equivalente a um quarto da sua estrutura atual, na tentativa de responder à crise de vendas motivada pelo coronavírus. Em comunicado, a marca de luxo britânica diz que prevê reduzir o número de funcionários por via de medidas voluntárias, tendo já enviado uma carta com uma proposta a 4200 trabalhadores. Apesar disso, os responsáveis do histórico emblema não descartam no futuro o cenário de despedimentos compulsivos.

No mês passado, o CEO Adrian Hallmark disse que um quarto dos funcionários da empresa estava em situação de licença sem vencimento e que outro quarto dos mesmos estava em regime de teletrabalho. Isto significa que a fábrica de Crewe voltou a laborar a 15 maio após um hiato de sete semanas com apenas metade dos trabalhadores – devido às medidas obrigatórias de distanciamento social. Esta paragem terá custado à empresa mais de 24 milhões de euros de prejuízo.

Integrada no grupo VW desde 1998, a Bentley tem tido dificuldades em melhorar os seus resultados financeiros – numa altura em que persiste a incerteza sobre o Brexit. No ano passado, o emblema de Crewe anunciou um lucro operacional de 65 milhões de euros, consubstanciado por um aumento de vendas de 5% para um total de 11.006 unidades. Em 2018, a marca britânica tinha registado uma perda de 288 milhões de euros. A Bentley estima só regressar aos resultados positivos em 2022, na melhor das hipóteses.

Há cerca de uma década que a Bentley vende cerca de 10 mil carros por ano, números que não melhoraram substancialmente com o lançamento do SUV Bentayga (na imagem).

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