Processo de impressão 3D poderá chegar à produção em série daqui a cinco anos.
Componentes feitos através de impressão 3D é cada vez mais uma solução tida em conta no futuro do lado das marcas de automóveis de forma a tornar o processo de fabrico cada vez mais célere. Apesar de estarmos ainda longe de uma realidade de termos um carro feito na íntegra através de uma impressora de 3D, a Porsche mostrou a utilidade real desta tecnologia com pistões impressos em 3D para o modelo topo de gama do 911, o GT2 RS. Segundo o fabricante de Zuffenhausen, o processo permite ter componentes cerca de 10% mais leves face os pistões forjados atuais, ao mesmo tempo que aumenta a eficiência. Essa redução no peso traduz-se num incremento de cerca de 30 cv do motor 3.8 de seis cilindros boxer (para um total de 730 cv), segundo o engenheiro responsável pelo processo, Frank Ickinger: “Graças aos novos pistões, podemos aumentar a velocidade do motor, baixar a temperatura da carga dos pistões e otimizar processo de combustão”.
A Porsche ainda não esclareceu quando é que estas peças 3D poderão ser produzidas em série – apesar de Ickinger estimar que possa demorar cerca de cinco anos até que isso possa vir a acontecer. O sistema foi desenvolvido pela Mahle e pela Trumpf, com um kit de validação da Zeiss.
A marca alemã já utiliza mais componentes concebidos através da tecnologia 3D, nomeadamente partes dos bancos do 911 e do 718, além de cerca de 20 outras peças que já pertencem ao catálogo Porsche Classic. O processo utilizado pela Porsche recorre a raios laser que aquecem e derretem uma superfície em pó de modo a obter a forma desejada.
