Jaguar E-Type é reforço do Museu do Caramulo

Foto: Joel Araújo View Gallery 5 photos

A coleção permanente foi enriquecida com um exemplar de 1965 no formato roadster e animado por um motor 4.2 com 265 cv.

Devido à sua combinação de beleza, alta performance e preço competitivo, o Jaguar E-Type é considerado um ícone à escala planetária. O desportivo originalmente lançado no formato coupé e roadster de tração traseira esteve em produção entre 1961 e 1975, com 72.507 unidades produzidas. E agora a coleção permanente de automóveis do Museu do Caramulo foi reforçada com um exemplar do Jaguar E-Type 4.2 OTS de 1965.

Para Salvador Patrício Gouveia, Presidente da Direção do Museu do Caramulo, “estamos encantados com a inclusão deste modelo na coleção permanente do Museu do Caramulo. Considerado por muitos como o mais bonito automóvel de sempre, o Jaguar E-Type faz parte da lista de modelos obrigatórios em qualquer coleção, seja pela sua história, seja pela sua superioridade estética e é um dos veículos mais apreciados pelo público.”

Doado ao museu por Carlos Mendes Costa, o automóvel já se encontra em exposição no museu, podendo agora ser visto de terça-feira a domingo, durante o horário de expediente do museu.

Tal como o D-Type de competição, o Jaguar E-Type tinha como base um chassis que combinava uma estrutura monocoque com subchassis multitubular, revestido por uma carroçaria esguia. Ao nível da suspensão, os engenheiros da Jaguar optaram por equipar o bólide com elementos independentes nas quatro rodas, auxiliados por amortecedores telescópicos. Outra das caraterísticas herdadas da competição era o sistema de travagem, de discos operados hidraulicamente com servofreio de vácuo nas quatro rodas, equipamento nunca antes visto num automóvel de produção. E se o chassis era de qualidade invejável, o motor de seis cilindros em linha não se ficava atrás. Acoplado a uma caixa de quatro relações, o bloco em aço do motor vinha equipado com duas árvores de cames à cabeça (em alumínio), sete rolamentos na cambota e uma bateria de três carburadores duplos Weber, debitando 265cv de potência.

Originalmente testado em competição, em 1960, nas 24 Horas de Le Mans pela equipa de Lance Cunningham, o projeto do E-Type foi intencionalmente preparado para ser um automóvel aberto, oferecendo grande rigidez torcional. Mas quando a Jaguar apresentou a versão fechada, o sucesso foi redobrado.

Acusando na balança pouco mais que 1200 kg, o roadster foi publicitado à imprensa, em 1961, pela Jaguar, como sendo capaz de atingir a incrível marca de 241 km/h, tornando o E-Type no automóvel inglês de produção mais rápido. Além disso, custava um terço dos seus adversários diretos como o Aston Martin DB4, sendo por isso muito acessível.

Em 1964, o motor XK de seis cilindros em linha viu a sua capacidade ser aumentada de 3,8 para 4,2 litros – versão que equipa este modelo do Museu do Caramulo – com 265 cv, sendo acoplado a uma caixa de velocidades com quatro relações totalmente sincronizadas. Esteticamente, o novo E-Type 4.2 apresentava os faróis da frente desprovidos de tampas aerodinâmicas, enquanto no interior as modificações estipulavam um nível de equipamento melhor. A direção assistida passava a ser opcional e recebeu um novo sistema de refrigeração.

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