Supercarro com motor V12 teve 10 versões ao longo de mais de uma década de produção.
A Lamborghini produziu 2903 unidades do Diablo entre 1990 e 2001 na fábrica de Sant’Agata Bolognese. A história de um dos mais icónicos modelos da marca italiana começou, no entanto, em 1985, ainda com o nome de código Progetto 132. O substituto do Countach no topo da gama da maca italiana caraterizava-se pelas suas linhas limpas e agressivas saídas do lápis de Marcello Gandini, apesar de ter passado pelo crivo do centro de design da Chrysler, que na altura era acionista maioritário da Lamborghini. Aquando da sua chegada ao mercado, o Diablo era o carro de produção mais rápido do planeta, capaz de atingir expressivos 325 km/h. O trabalho dinâmico do supercarro de tração traseira foi fruto de um processo de desenvolvimento apurado que envolveu o campeão europeu de ralis Sandro Munari.
Debaixo do capot, o Diablo contava com um motor V12 5.7 colocado numa posição longitudinal traseira, com quatro árvores de cames à cabeça, quatro válvulas por cilindros e injeção eletrónica multiponto, capaz de debitar 492 cv e 580 Nm de binário máximo. O interior do topo de gama da Lamborghini tinha acabamentos luxuosos em couro, ar condicionado, vidros elétricos e bancos ajustáveis eletricamente.
Em 1993, a marca italiana apostou no Diablo VT, equipado com tração às quatro rodas e que acrescentou algumas melhorias mecânicas e estéticas (que em breve passariam a figurar no modelo de tração traseira). Nesse ano foi também introduzida a série especial SE30, em jeito de comemoração das três décadas de existência da Lamborghini, com a potência a chegar aos 523 cv.
O Diablo SV estreou ao público no Salão de Genebra de 1995, apenas com tração traseira, mas com 517 cv e uma asa traseira ajustável. Em dezembro desse ano chegou ao mercado o Diablo VT Roadster, o primeiro doze cilindros “aberto” de produção em série da marca, com algumas mudanças de design e apenas disponível no formato de tração integral.
Na sequência de ter sido comprada pela Audi, em 1999, a Lamborghini apresentou o Diablo SV, um restyling assinado por Luc Donckerwolke, o primeiro designer exclusivo da marca. Seguiram-se o VT e o VT Roadster, com mudanças no interior e no exterior. O supercarro passou a contar com travões com ABS e contava agora debaixo do capot com uma versão com 536 cv do motor V12 que foi equipado com um comando de válvulas variável.