Vai a leilão um dos Porsche 911 mais desejados de sempre

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Versão de competição Carrera 911 RSR 2.8 correu no Grupo IV no início da década de 1970.

Apesar de o 911 ser um dos modelos mais importantes de sempre, em mais 50 anos de história do desportivo há versões que o tornam ainda mais especial. Entre elas está uma dupla indissociável formada pelo modelo de estrada 911 Carrera RS 2.7 com 210 cv, cujo lançamento permitiu à Porsche homologar a mais musculada variante de competição RSR 2.8 com 300 cv. Os fãs de corridas recordarão com certeza as decorações psicadélicas deste modelo de corridas do início da década de 1970 homologado pela FIA para o Grupo IV, onde participavam carros tipo GT. Para gaudio de muitos desses fãs de um dos modelos da Porsche mais desejados de sempre, sabe-se que um dos 49 exemplares produzidos deste 911 Carrera RSR 2.8 vai agora a leilão. Trata-se de uma unidade de 1973, num estado de conservação perfeitamente imaculado, que a RM Sotheby’s irá leiloar por 1,7 milhões de euros.

Este exemplar em concreto do RSR, com o número de chassis 9113600614, começou por ser utilizado pelo piloto porto-riquenho Diego Febles que com ele correu um pouco por toda a América do Norte e Central. Uma das corridas mais famosas em que participou foi a Daytona Finale 250 Miles de 1973, para a qual contribuíram as alterações operadas no carro pela equipa Brumos Racing – incluindo um depósito de combustível maior, sistema de abertura rápida do capot, arco de segurança e entrada de ar maior na dianteira. O carro terminou em 24.º lugar à geral. A última corrida de Febles com o RSR, que teve a ideia de pintar o para-choques de vermelho, foi as 12h de Sebring de 1975. Dessa feita, o carro recebeu um novo motor 3.0 e um spoiler maior. Terminou no 8.º posto. Ora foi o último dono deste RSR a restaurar por completo esta relíquia de competição, restituindo-lhe o motor de fábrica 2.8 – embora a leiloeira diga que pode negociar a comprar de um bloco 3.0 para o futuro dono do carro.

Face ao modelo de estrada, o RSR 2.8 tinha um motor de seis cilindros boxer ligeiramente maior, com quatro árvores de cames à cabeça com quatro rolamentos, pistões de alta compressão e cabeças dos cilindros de dupla faísca com válvulas maiores. Com apenas 840 kg, este RSR tinha acrílico Perspex em vez de vidros. Os travões utilizados neste modelo de corridas eram os do 917, destacando-se ainda os arcos das rodas alargados e as icónicas jantes da Fuchs, acompanhadas por pneus de medida 230 mm à frente e de 280 mm atrás.

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