Artcurial prepara leilão com lendas do Grupo B

Artcurial vai leiloar modelos de rali do Grupo B View Gallery 8 photos

O evento contará com a presença de sete modelos que marcaram a história do Campeonato do Mundo de Ralis.

Se existem períodos no desporto automóvel recordados com muito saudosismo, um deles corresponde ao momento em que os Grupo B competiam no Campeonato do Mundo de Ralis. Introduzido pela FIA em 1982, o conjunto de regulamentos traduzir-se-ia na produção de alguns dos modelos de competição mais espetaculares de sempre. Agora, a Artcurial decidiu recordar esses tempos ao colocar sete exemplares num leilão marcado para 5 de fevereiro.

Curiosamente, a coleção foi reunida por dois entusiastas, Michel Hommell, o fundador da “Manoir de l’Automobile” situada em Lohéac, e Olivier Quesnel, o antigo diretor do departamento de competição da Peugeot e Citroën. Agrupados pouco tempo depois de terminarem os regulamentos do Grupo B, os automóveis permaneceriam num museu até ao momento. Mais de trinta anos depois, preparam-se para ser leiloados… Fique a conhecê-los:

O primeiro é um Audi Sport Quattro S1 de 1988, com o número de chassis #85ZGA905016, que foi utilizado na primeira edição da “Corrida dos Campeões”. Seria comprado por Olivier Quesnel um ano após ser produzido e colocado num museu após ter partido o turbo ao ser conduzido por Bruno Saby, Ari Vatanen e Michèle Mouton num evento de caridade. O seu valor estimado situa-se entre 1 milhão e os 1,3 milhões de euros.

De seguida, falamos do Peugeot 205 Turbo 16 Evolution 2 de 1985, com o número de chassis #VF3741R76E5200009, que seria conduzido por Timo Salonen no Rali da Suécia de 1986. Mais tarde, acabaria por ser utilizado no Campeonato Europeu de Rallycross onde conquistaria três títulos, até terminar nas mãos do antigo diretor do departamento de competição da Peugeot e Citroën. Poderá vir a ser arrematado por um valor entre os 600 mil e os 800 mil euros.

Outro dos modelos é um Lancia Delta S4 de 1986, com o número de chassis #227, que se estrearia numa prova comemorativa pelas mãos de Miki Biasion. Após os regulamentos do Grupo B serem abruptamente cancelados, competiria numa corrida de 24 Horas em Chamonix e noutras provas de Rallycross até ser comprado por Michel Hommell. As estimativas apontam para um valor a partir dos 600 mil até aos 800 mil euros.

Também está presente um Lancia 037 Evo 2 de 1985, com o suposto número de chassis #ZLA151AR000000412, cujo passado é relativamente desconhecido devido a alterações aos números originais. Foi comprado por Hommell e Quesnel já na década de 90 e deverá ser arrematado por um valor entre os 500 mil e os 800 mil euros.

Um Renault 5 Maxi Turbo de 1985, com o número de chassis #PT8220E00001 e responsável por iniciar a carreira de Carlos Sainz é outro dos exemplares. Foi o automóvel de tração dianteira mais potente do Grupo B, mas esta unidade seria convertida para adotar tração integral. Mais tarde seria restaurada até à sua condição original ao ponto de valer, atualmente, entre os 400 mil e os 600 mil euros.

Falamos também do MG Metro 6R4 de 1985, com o número de chassis #SAXXRWNP7A0570016, que foi conduzido por Didier Auriol no Campeonato Francês de Ralis em 1986. Havia sido construído com o volante à direita, mas foi transformado para adotar o volante à esquerda, caraterística que ainda mantém. Acabaria por ser comprado pelo fundador da “Manoir de l’Automobile” em 1989. Estima-se que possa valer entre os 280 mil e os 360 mil euros.

Por fim, o Ford RS200 de 1986, com o número de chassis #015, que é responsável por alcançar o melhor resultado de sempre do modelo no Campeonato do Mundo de Ralis. Depois das suas participações seria comprado por um piloto norueguês de Rallycross que o utilizou até vender a Olivier Quesnel. Segundo os especialistas da Artcurial, poderá vir a ser arrematado por um valor entre os 250 mil e os 400 mil euros.

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