Jaguar J-Pace e Land Rover Road Rover foram cancelados

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Apesar do forte investimento já realizado, os britânicos interromperam o desenvolvimento da plataforma MLA assim como de todos os modelos que a utilizariam.

A Jaguar Land Rover (JLR) foi notícia há poucas semanas pela divulgação do plano Reimagine, cuja principal novidade é o facto de a Jaguar prever tornar-se num emblema 100% elétrico até 2025. Apesar disso, o grupo britânico aproveitou a ocasião para comunicar que não vai avançar com um novo XJ elétrico. Agora, ouvido pela Automotive News Europe, o responsável financeiro da JLR confirmou que o XJ elétrico não é o único projeto a ser cancelado. Adrian Mardell diz que a suspensão do desenvolvimento da nova plataforma modular compatível com modelos “eletrificados” MLA implicou a suspensão de todos os modelos que evoluíram a partir dessa base. Ao que tudo indica, está em causa o fim da linha para o Road Rover, um crossover que se posicionaria entre o Evoque e o Velar, e do Jaguar J-Pace, um SUV para concorrer com o Tesla Model X. Esta base serviria também para as próximas gerações do Range Rover e Range Rover Sport, que também teriam variantes elétricas. Aliás, a Land Rover prevê lançar o Range Rover “zero emissões” em 2024, mas com recurso a outra plataforma específica para modelos “eletrificados” EMA, que permitirá fazer modelos 100% elétricos e híbridos, mas não modelos puramente movidos a motor de combustão. A Land Rover prevê ter seis modelos elétricos até 2026 e que os modelos “zero emissões” representem 60% das suas vendas até 2030.

Mardell justifica a decisão de descartar a MLA com o facto de os responsáveis da JLR considerarem datada a tecnologia desta plataforma e não ser eficaz no objetivo de reduzir os valores de emissões de CO2, apesar de já terem sido investidos cerca de 1,2 mil milhões de euros nesta nova estrutura desde 2019.

Se é verdade que é a Jaguar tem ambições “upmarket” de criar modelos para concorrer com propostas da Bentley ou da Aston Martin, o plano a curto prazo passa por reduzir a gama e a sua complexidade, bem como o volume de unidades produzidas na ordem dos 25%.

Segundo o CEO da JLR, Thierry Bolloré, é urgente resolver alguns problemas de qualidade na nova vaga de modelos. Segundo o gestor, a qualidade de construção refletiu-se numa perda superior a 100 mil unidades por ano. A JLR gastou entre março e dezembro de 2020 cerca de 565 mil euros a intervencionar carros.

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