F1 de luto: morreu Max Mosley

Max Mosley

O antigo presidente da FIA tinha 81 anos.

Morreu Max Mostley, antigo presidente da FIA, aos 81 anos. Mosley, que ocupou o cargo entre 1993 e 2009, foi uma das mais poderosas e polémicas personalidades do desporto automóvel, tendo sido um defensor da melhoria das condições de segurança nas corridas. Filho de um político britânico, Mosley passou a sua infância na Irlanda antes de ter estudo em França e na Alemanha. Em 1961 acabou por licenciar-se em Física na Universidade de Oxford, embora pouco depois tenha enveredado para uma carreira como solicitador. O seu interesse no mundo automóvel surgiu após uma visita a Silverstone. Em 1968 comprou um Fórmula 2 e fundou a London Racing Team juntamente com Chris Lambert. Max correu na prova de F2 em Hockenheim no fim de semana em que Jim Clarke morreu. Após Lambert ter também falecido num acidente envolvendo Clay Regazzoni em Zandvoort nesse mesmo ano, Mosley tornou-se colega de equipa de Piers Courage na equipa de F2 de Frank Williams. Consciente que nunca chegaria à F1, Mosley acabou por suspender a carreira de piloto amador em 1969. Fundou então a March Engineering com Robin Herd, Alan Rees e Graham Coaker, equipa que teve algum sucesso, tendo mesmo alcançado duas vitórias na F1 (na Áustria com Vittorio Brambilla em 1975 e em Monza com Ronnie Peterson em 1976).

Mosley envolveu-se cada vez mais na política desportiva e após a March ter saído da F1 em 1977 o britânico tornou-se conselheiro jurídico da FOCA (F1 Constructors Association) e membro da FISA F1 Commision. Mosley desempenhou um papel importante na guerra entre a F1 e os membros das equipas entre 1980 e 82 – que culminou com o Pacto de Concórdia, que vigorou durante décadas da competição. Após três anos fora do desporto automóvel, Mosley regressou em 1986 para ser eleito presidente da Comissão de Construtores da FIA. Em 1991 tornou-se presidente da FISA. E em 1993 foi eleito presidente da FIA. Mosley foi impulsionador da melhoria das condições de segurança dos carros, sobretudo após a morte de Ayrton Senna e de Roland Ratzenberger no G.P. de San Marino em 1994. Nas estradas, o britânico reforçou o recurso aos “crash tests” e promoveu o Euro NCAP. Mosley foi reeleito em 1997, 2001 e 2005. Durante esse período, o homem-forte da FIA formou uma aliança com Bernie Ecclestone em lutas contra os construtores e equipas visando o controlo da F1, tendo o seu nome estado envolvido em vários episódios polémicos.

Em 2008, Mosley esteve envolvido num escândalo sexual tornado público pelo jornal “News of the World”. Pouco depois disso, acabou por se retirar na vida pública. Em breve estreará um documentário sobre a vida de Mosley.

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