Ações da empresa chegaram a cair 4,7% na bolsa de Tóquio.
A Toyota vai reduzir a produção global em setembro na ordem dos 40% face ao que estava inicialmente previsto. Segundo o Nikkei, devido à escassez mundial de semicondutores, o fabrico ficar-se-á em cerca de 500 mil unidades comparativamente com a estimativa inicial que se situava nas 900 mil para o referido mês. Além da falta de componentes, o aumento de casos da variante delta da Covid-19 no sudeste asiático (em países fornecedores de componentes com o é o caso do Vietname), é apontado com um fator para esta redução da produção.
Só no Japão serão afetadas 27 linhas em 14 unidades de fabrico (o equivalente a 140 mil unidades que não serão produzidas), o que implicará uma redução da produção de modelos da Toyota como o Corolla, Prius, RAV4 e o Camry, mas também de alguns modelos da Lexus, nomeadamente o LS, IS, RC, RCF e NX. O exemplo mais extremo deste cenário é o da fábrica da Toyota em Takaoka (na região de Aichi) que terá de suspender por completo a produção no início do próximo mês. Mas o travão da produção em setembro repercutir-se-á também na produção nos EUA (que perderá 80 mil unidades), na Europa (menos 40 mil) e na China (onde ficarão pelo caminho 80 mil carros).
Esta notícia fez com que as ações da Toyota chegassem ontem a cair 4,7% na bolsa de Tóquio – a maior quebra desde dezembro de 2018, segundo o Nikkei.