Fabricante checo tem outras prioridades, nomeadamente desenvolver os modelos da plataforma MQB A0 do grupo VW.
Tudo parecia encaminhado quando Thomas Schäfer, o CEO da Skoda, em entrevista à Automotive News Europe, confirmou que estaria a ser preparada uma Fabia Break para 2023. Acontece que uma carta enviada aos trabalhadores da marca checa, dada a conhecer pelo Auto.CZ, diz que o projeto foi cancelado, o que significa que a gama da quarta geração do Fabia cingir-se-á à versão de cinco portas. Para justificar o desenvolvimento da nova carrinha do segmento B, o fabricante invoca as normas ambientais Euro 7 (que entrarão em vigor a 1 de janeiro de 2026) e os custos elevados da transição para uma gama “eletrificada”. Além disso, tendo já em catálogo um modelo como o SUV Kamiq, os responsáveis da Skoda acham inapropriado investir numa franja de mercado em declínio como o das carrinhas do segmento B. Aliás, a Fabia Break era efetivamente a sobrevivente entre os modelos da sua espécie, desde que a Renault deixou de produzir a Clio Sport Tourer e a Seat a Ibiza ST. A Fabia Break de terceira geração continuará disponível nalguns mercados até ao final de 2022.
A Skoda prevê lançar um SUV elétrico abaixo do Enyaq iV e outro de igual propulsão de um segmento acima. Além disso, em breve o Enyaq terá a companhia de uma variante de formato Coupé.
Recorde-se que a Skoda foi destacada há poucos dias para assumir a liderança do projeto de desenvolvimento dos modelos mais pequenos de base MQB A0 do grupo Volkswagen. O construtor focar-se-á sobretudo em mercados emergentes. Exemplo desta nova política é o Kushaq, um SUV específico para a Índia que evoluirá a partir de uma adaptação da referida plataforma chamada MQB A0 IN. Até ao final do ano será ainda apresentada o Slavia, uma berlina de formato mais clássico de base idêntica que substituirá o Rapid.