Shunji Tanaka, o autor da primeira geração do roadster japonês, tinha 75 anos.
A ideia do NA começou a tomar forma em 1983 com um concurso entre as equipas de design japonesa e norte-americana. Efetivamente, apesar de o Mazda MX-5 original ter tido muitos “pais”, foi o designer Shunji Tanaka que converteu os protótipos originais de estúdio, criados pelo estúdio da marca na Califórnia por Tom Matano (os vencedores do referido concurso), no icónico roadster de produção lançado em 1989. Tanaka morreu aos 75 anos. A notícia foi inicialmente comunicada por um amigo através do Facebook e está agora a ser difundida por vários meios de comunicação.
Na altura em que pegou no projeto, o designer japonês, já com 15 anos de casa, tinha em mãos a sexta geração do 929 lançado em 1986. Segundo Tanaka, o objetivo do “Miata” NA era que refletisse a cultura e os valores japoneses. É por isso que as linhas daquele que é o roadster mais vendido da história (com mais de 1 milhão de unidades produzidas e que atualmente se encontra na quarta geração) são especificamente inspiradas nas máscaras Noh, caraterizadas pela sua simplicidade e curvas perfeitas. A essas linhas transpostas para o despretensioso carro juntou detalhes na mesma cor da carroçaria e faróis retráteis – elementos que o converteram num ícone adorado por várias gerações um pouco por todo o planeta. A fórmula do MX-5 NA (na imagem) incluiu um pequeno motor de quatro cilindros, tração traseira, tudo numa carroçaria com 3,9 metros de comprimento e menos de 1 tonelada de peso.
Mais tarde, Tanaka mudou-se para o fabricante de motos Kawasaki, assumindo o cargo de designer-chefe. Nos seus últimos anos de vida, Tanaka esteve envolvido em vários clubes Miata no Japão.