Sedan traz um difusor ativo inspirado na competição.
A Lotus a apresentou o seu novo topo de gama, o Emeya, num evento privado em Nova Iorque, nos EUA. Conhecida durante a fase de desenvolvimento pelo nome de código Type 133, esta berlina elétrica de quatro portas vem desafiar diretamente o Tesla Model S e o Porsche Taycan Turbo. O primeiro sedan da marca britânica desde o Carlton (da década de 1990), carateriza-se pelos elementos de aerodinâmica ativa.
Para já, este novo Lotus conta co uma grelha dianteira ativa, similar à do SUV Eletre, que permite reduzir o efeito de arrasto e melhorar a eficiência quando está fechada, mas também arrefecer a bateria e os travões quando é aberta. A isso junta um lábio dianteiro ativo, um difusor traseiro inspirado nos modelos de pista, assim como um spoiler traseiro ativo (maior do que o do Eletre) concebido para maximizar a “downforce”, sobretudo em circuito.
A Lotus optou por incluir novos materiais sustentáveis no interior. Destaque para um material, mais leve que o couro, feito a partir de desperdícios de algodão das indústrias da moda e de vestuário. Além disso, utiliza a técnica de PVD (deposição física de vapor) nos acabamentos metalizados. Nalgumas zonas é possível encontrar Alcantara, tecido ultrafino poliuretano e couro Nappa. Por dentro, encontra-se igualmente um sistema de som KEF 3D surround com sistema de cancelamento de som e sensores de vibração instalados no exterior detetam o movimento dos pneus e da suspensão. Os algoritmos geram então “sinais acústicos anti-faseamento” através dos altifalantes para reduzir as interferências. À frente do condutor encontra-se um HUD de realidade aumentada com 55 polegadas, havendo ainda espelhos digitais e módulos LiDAR, como no Eletre.
O Emeya recorre à mesma base EPA utilizada no Eletre, derivada da SEA da Geely. Permite uma autonomia máxima até 600 km (WLTP). A bateria é de 102 kWh de capacidade (menos que a de 112 kWh utilizada no SUV), podendo carregar à mesma até 350 kW. Numa tomada rápida a 350 kW é possível obter de 10 a 80% da carga em 18 minutos ou o equivalente a 150 km de alcance em minutos. A versão de topo do Emeya tem 918 cv/675 kW e 985 Nm, o que permite acelerações de 0 a 100 km/h em 2,8 segundos. Esta berlina de tração integral tem a velocidade máxima limitada a 255 km/h. A potência é distribuída nos dois eixos através de uma caixa automática de duas velocidades. Já o sistema de travagem é derivado da competição. O chassis conta com uma suspensão ajustável que permite analisar o piso em frente mil vezes por segundo, segundo o fabricante.
O Emeya começará a ser produzido no início do próximo ano na fábrica de Wuhan, na China, a mesma onde o Eletre já está a ser feito.
