Feito com base numa nova plataforma, o protótipo LF-ZL vem equipado com um sistema de IA.
A juntar ao LF-ZC, um protótipo mais próximo da produção, a Lexus levou ao Japan Mobility Show outro concept, o LF-ZL, em jeito de antecipação de um futuro SUV elétrico topo de gama. Este estudo evolui a partir de uma nova plataforma modular “gigacasting”, que divide o habitáculo em três partes – uma solução similar à da Tesla -, possibilitando maior rigidez, mas também uma redução de custos e simplificação no processo de produção. Do ponto de vista prático, esta estrutura permite colocar os ocupantes dos lugares da frente numa posição baixa e mais avançada. Este base possibilita ainda ter um piso plano, um tejadilho panorâmico em vidro, contribuindo para mais espaço em altura e para um coeficiente de arrasto mais baixo. A nova plataforma encaixa uma bateria de alta tensão feita com células prismáticas. Para já, não foram fornecidos dados acerca da sua capacidade, nem do tempo de carregamento ou autonomia. Supõe-se que este SUV terá um sistema de tração integral, provavelmente com um motor por eixo. A direção é “steer-by-wire” como no RZ, sem ligação física entre as rodas e o volante.
Contudo, a principal novidade deste protótipo é o sistema Arene OS, um software que permite atualizações “over the air” e com tecnologia de Inteligência Artificial (IA). Este sistema possibilita, por exemplo, que o condutor aponte para um objeto durante a viagem e que o carro providencie de imediato informação adicional acerca da sua localização através de uma orientação vocal. Isto é possível graças aos sensores a bordo do carro, que trabalham em conjunto com a recolha digital de dados da área circundante. No fundo, este sistema pretende adaptar a experiência de condução a cada pessoa, de forma individualizada, de acordo com os seus gostos e preferência. A IA permite aprender os hábitos dos utilizadores e oferecerá funções em tempo real de acordo com o trajeto, avisando, por exemplo, caso haja algum perigo.
Segundo o fabricante, este SUV com 5,30 metros de comprimento, 2,20 m de largura, 1,70 m de altura e 3,35 m de distância entre eixos foca-se no espaço, para ocupantes e bagagem, e no “silêncio” a bordo. Neste modelo também não há pilar B. Isso juntamente com o facto de haver portas traseiras deslizantes contribui para um melhor acesso aos ocupantes da segunda fila. Nestes lugares há uma estrutura móvel que serve para apoiar as pernas. No habitáculo não existem botões físicos. Todas as funções do carro são operáveis através de ecrãs posicionados ao lado do volante: à esquerda o seletor da caixa de velocidades, sistemas de assistência à condução e modos de condução; e à direita o sistema de som, climatização, smartphone e funções de IA. A instrumentação é projetada no para-brisas. E os espelhos retrovisores são substituídos por câmaras que projetam imagens em cada um dos ecrãs ao lado do volante. À frente do lugar do passageiro da frente existe outro ecrã, que serve para aceder ao infotainment.
