Xiaomi SU7 é novo rival do Porsche Taycan

Xiaomi SU7

Berlina elétrica desportiva terá versão de topo com 679 cv e 1200 km de autonomia.

A gigante da eletrónica Xiaomi revelou em Xangai, na China, o SU7, o seu primeiro carro. Esta berlina elétrica de posicionamento global pretende rivalizar com o Porsche Taycan, entre outros. Será lançada inicialmente na China já no próximo ano.

O SU7 é feito com base numa nova plataforma chamada Modena, apta a receber arquiteturas de 400 e 800V e permitindo configurações com um ou dois motores. As linhas desta berlina são da autoria de Sawyer Li, que contribuiu para o BMW iX, entre outros. Em causa está um modelo com 4997 mm de comprimento, 1963 mm de largura, 1440 mm de altura e 3000 mm de distância entre eixos – mais 34 mm de comprimento, 3 mm mais estreito, 44 mm mais alto e com mais 100 mm de distância entre eixos face ao rival Taycan. O seu formato permite-lhe um coeficiente aerodinâmico de 0,195 – um valor recorde em modelos de produção. Os motores utilizados foram desenvolvidos internamente e recebem nomes com base nos motores de combustão: V6, V6s e V8s. A versão base tem 299 cv e opera exclusivamente com uma arquitetura de 400V e a versão intermédia V6s ganha mais 75 cv e uma arquitetura de 800V – sendo que ambas operam até 21.000 rpm, segundo o fabricante. Já a opção de topo, combina o motor do V6 e o outro do V6s – um por eixo – para um total de 673 cv. Esta derivação mais extrema do SU7 promete 0-100 km/h em 2,78 segundos e vem equipada com um sistema de 875V, que possibilita carregamentos rápidos. Para 2025, está prevista uma versão V8s, também conhecida como HyperEngine, capaz de chegar aos 679 cv e 635 Nm, com uma eficiência máxima de 98,11% e uma densidade energética de 10,14 kW/kg. Operando a 800V, é capaz de atingir 27.200 rpm. Segundo o CEO da Xiaomi, os protótipos do novo motor mostraram ser capazes de atingir 35.000 rpm – o que abre perspetivas para versões ainda mais potentes para o futuro. Inicialmente, o SU7 contará com baterias de 101 kWh da CATL que anunciam mais de 800 km de alcance. Estas baterias podem carregar até 220 km de autonomia em cinco minutos de “encosto” na tomada ou 510 km em 15 minutos. A Xiaomi desenvolveu ainda uma bateria de 132 kWh capaz de atingir mais de 1000 km de autonomia (no ciclo chinês CLTC). A base Modena permite acomodar baterias com 150 kWh que possibilitam um alcance máximo superior a 1200 km, com base no referido ciclo.

Esta será apenas a primeira proposta da Xiaomi, cujo plano prevê entrar no top 5 dos maiores produtores de automóveis entre os próximos 15 a 20 anos. Entre os próximos modelos da marca de Pequim incluir-se-á um SUV.

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