Dodge Charger elétrico tem 680 cv

Dodge Charger

Primeiro “muscle car” “zero emissões” tem cinco lugares, anuncia 0-100 km/h em 3,3 segundos e promete a mesma sonoridade do “velhinho” Hellcat.

A oitava geração do Dodge Charger foi mostrada oficialmente, com a particularidade de abandonar o conhecido motor V8 Hemi em detrimento de uma opção de seis cilindros e de uma inédita variante elétrica. Falando do primeiro, do Charger Daytona, estamos perante um motor 3.0 de seis cilindros biturbo Hurricane (idêntico ao do Jeep Grand Wagoneer) que traz duas opções: o Sixpack com 426 cv e uma versão “high output” com tração integral de 558 cv. Ainda não existem muitos dados acerca das novas versões a combustão. O foco agora é mesmo o Charger Daytona EV, o primeiro “muscle car” elétrico do mundo.

Na versão de topo Scat Pack, este Daytona elétrico traz dois motores síncronos dotados de inversores de carboneto de silício, com a capacidade de debitar 680 cv (quase tanto como um Charger V8 Hellcat) e 850 Nm num “overboost” (intitulado à boa maneira americana de Power Shot) que dura 15 segundos. Assim, neste Scat Pack, o EV dispara de 0 a 100 km/h em 3,3 segundos, apesar de pesar 2648 kg. Já o ¼ de milha é cumprido em 11,5 segundos, sendo que a velocidade máxima é de 216 km/h. O Scat Pack pode ter como extra o Track Pack que melhora a performance em curva, graças a umas molas com uma afinação mais firme e amortecimento adaptativo, acompanhados de discos de travão da Brembo com 410 mm. Ganha ainda uns pneus Goodyear Eagle F1 Supercar 3 com 305 mm de largura à frente e 325 mm atrás. Na base da gama do elétrico fica a versão Charger Daytona R/T com o mesmo sistema de dois motores reduzido a 503 cv e 548 Nm em “overboost”. Este faz 0-100 km/h em 4,7 segundos e tem uma velocidade máxima de 221 km/h. O R/T recebe travões mais pequenos de 354 mm, molas menos firmes, amortecimento mais orientado para o conforto e jantes de 18 polegadas (em vez das de 20” do Scat Pack). As variantes elétricas do Charger trazem um sistema elétrico de 400V e uma bateria de 100,5 kWh de capacidade, providenciando uma autonomia até 510 km no caso do R/T e até 418 km (ambos os valores no ciclo EPA) no caso do Scat Pack. A bateria pode ser carregada até 183 kW, permitindo chegar de 20 a 80% em 27 minutos. Estes Daytona recebem uma coluna exterior chamada Fratzonic que replica o som do Hellcat.

Visualmente, as versões a combustão e elétricas são idênticas. Existirão versões de três e cinco portas, sendo que o elétrico de três portas será lançado no mercado norte-americano antes do final deste ano. A estética desta oitava geração do “muscle car” remete para a segunda, com uma linha de tejadilho pronunciada e com faróis integrado na grelha escurecida. Além disso, a grelha traz o logo triangular Fratzog, utilizado pela última vez em 1976. Na traseira, realce para a barra em LED similar à da sétima geração, embora com um desenho triangular alusivo ao mais pequeno Dodge Challenger.

Por dentro, o Daytona permite escolher entre um painel de instrumentos digital de 10,25 ou 16 polegadas, com um ecrã central tátil de 12,3”orientado para o condutor. Tem espaço para cinco com a possibilidade de rebatimento dos bancos traseiros na proporção 60/40.

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