Atual 500 a gasolina deverá ser substituído por um 500e convertido.
Em janeiro, o jornal italiano Corriere della Sera adiantou que a Fiat enviou uma carta aos fornecedores a pedir se estes podiam satisfazer o aumento da produção da fábrica de Mirafiori, em Itália, que neste momento está nas 175 mil unidades por ano. Fonte dos referidos fornecedores adiantou depois à Automotive News Europe que este aumento da produção de quase 100 mil carros face aos 77.260 exemplares construídos na mesma fábrica em 2023 refere-se a praticamente apenas versões a gasolina do 500. Para dar resposta a esta aceleração da procura, a Fiat está equacionar converter a nova geração do 500 elétrico com um motor a gasolina, de modo a conseguir cumprir com a norma europeia de cibersegurança.
Esta decisão pretende evitar que o 500 a gasolina – desde 2007 construído em Tychy, na Polónia – continue à venda sem precisar de voltar a ser homologado por valores substancialmente elevados.
Recorde-se que estas mesmas regras já obrigaram a Porsche a suspender as vendas do Macan e da dupla 718 Boxster/Cayman na União Europeia.
Apesar de tudo, a Fiat poderá vir a continuar a produzir o 500 antigo em Tychy, uma vez que o seu “irmão” Panda já tem confirmada a permanência no catálogo pelo menos até 2027.
Por outro lado, a base do 500 elétrico é uma evolução da plataforma utilizada no Alfa Romeo Mito (aliás, o “cinquecento” é produzido na mesma linha do velho Mito) – o que significa que em princípio não haverá problema converter o novo 500e num modelo a gasolina.
O 500 a combustão continua a ser um modelo fundamental para a Fiat. Segundo a Jato Dynamics, foram vendidas 173,187 unidades do Fiat/Abarth 500 na Europa em 2023 (108,943 das quais a gasolina).
A procura do 500e não tem correspondido às expectativas, a ponto de a Fiat ter reduzido no mês passado os turnos de produção em Mirafiori, tendo mesmo colocado a hipótese de suspender a produção caso as vendas não aumentem.
Acontece que o atual 500 a gasolina deverá ser descontinuado no próximo verão e que a conversão do 500e para um modelo a combustão só deverá chegar ao mercado daqui a aproximadamente dois anos.
